AINDA AS ESTATINAS
Os fármacos mais usados para combater o “colesterol” elevado são as estatinas. Tenho chamado várias vezes a atenção para estes medicamentos que não só não actuam sobre a géneses da doença coronária, como são perigosos para o próprio coração, o qual era suposto protegerem! A evidência contra este tipo de fármacos continua a acumular-se, e já não é possível fazer de conta que nada se passa, assobiando para o lado. Um estudo publicado na edição de Fevereiro de 2015 na revista Clinical Pharmacology, revela como as estatinas causam graves problemas à saúde de quem as toma.
Um dos mecanismos é a calcificação das artérias (arteriosclerose) com consequente estrangulamento do calibre dos vasos, por causa da inibição da vitamina K2, a qual impede a deposição arterial de cálcio através da acção da proteína GLA do endotélio vascular.
Outra forma de lesar as artérias é através da sua toxicidade sobre as mitocôndrias (as centrais energéticas celulares), causando cardiomiopatia ou insuficiência cardíaca. Este efeito é mediado pela inibição da produção de Q10, indispensável à produção de ATP (a nossa energia utilizável). Também interferem com a proteína heme A, que é um componente da hemoglobina transportadora do oxigénio no sangue.
Outra forma de interferência é sobre as proteínas selénio dependentes, as quais têm uma enorme actividade antioxidante, nomeadamente ao nível da tiróide.
Sempre que um paciente se queixe de dores musculares é obrigatório investigar se está a tomar destes medicamentos. Se não for possível dispensar a sua utilização, então tome-se Q10 na dose de 200 mg diários. Também é importante nesse caso a suplementação com Selénio (nozes do Brasil), e vitamina K2 e outros antioxidantes. Tenha cuidado, tome conta da sua saúde!