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Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

10.06.09

COLESTEROL; MITO E VERDADE


Dr. Luís Romariz

Se decidir tomar algum dos medicamentos para baixar o colesterol, conhecidos como estatinas, em vez de resolver o problema de base, estará não só a travar o processo natural de auto-reparação do nosso corpo, como se está a expor a medicações carregadas de graves efeitos secundários – sendo a depleção de coenzima Q10 um deles, o que leva a fadiga, fraqueza muscular, dores musculares e finalmente insuficiência cardíaca. Atrever-me-ei a dizer que a primeira coisa em que devemos pensar quando um doente se queixa de dores musculares é se ele não estará a tomar uma estatina. Esta ideia do colesterol ligado a doença cardíaca surgiu com a constatação de que os jovens soldados americanos mortos na guerra do Vietname tinham algum grau de “entupimento” das coronárias e que a maior parte do material dessas placas que obstruíam parcialmente as coronárias era formado por colesterol. Daí a culpar o colesterol foi um passo. É um pouco como se alguém analisasse os destroços das torres gémeas, e chegasse à conclusão que a maior parte do material era cimento, concluísse que a causa da sua queda residia no cimento!

O colesterol é um material imprescindível à nossa vida, abundante no nosso organismo, e como tal deve ser encarado, a maior parte das nossas hormonas é feita a partir de colesterol; a vitamina D é fabricada a partir do colesterol; as membranas celulares têm alguma rigidez por conterem colesterol… É importante perceber que há uma grande diferença entre média de colesterol e níveis saudáveis. Quanto aos efeitos benéficos destes medicamentos apenas poderemos falar da demonstração ESTATÍSTICA da sua utilidade nos casos em que as pessoas já tiveram um enfarte ou “trombose”, ou no caso especial dos doentes diabéticos. Para além disto, a chamada prevenção primária, nunca foi demonstrada a sua utilidade. Desta forma é perigoso assumir que o facto de se ter colesterol alto obriga a tomar uma estatina. Até porque não há essa coisa de colesterol alto. Há alterações na quantidade e na qualidade das partículas que transportam o colesterol no nosso sangue, e é isso que deve ser criteriosamente avaliado. Mais, se sobrevivemos milhões de anos sem problemas de colesterol, o que é que estamos a fazer de errado nos últimos 50 anos? Os níveis de colesterol propostos são ultrajantemente baixos e não têm em conta dois factos importantes. O doseamento do colesterol e a mortalidade seguem uma curva em J. Isto é, vai-se baixando o colesterol e baixam as mortes, até ao ponto a partir do qual à medida que o colesterol baixa a mortalidade começa a aumentar. A OUTRA QUESTÃO PRENDE-SE COM O FACTO DE QUE NOS ESTUDOS SOBRE O COLESTEROL É NORMALMENTE ESCAMOTEADO O FACTO DE QUE AUMENTA O Nº DE MORTES POR CAUSAS NÃO CARDÍACAS.

Há que assumir que não nos é dita toda a verdade acerca do colesterol e dos medicamentos usados para o baixar. A diminuição intempestiva do colesterol pode levara a:

·       Aumento do risco de depressão

·       Aumento do risco de suicídio

·       Comportamento violento ou agressivo

·       Aumento do risco de cancro

 

Dado que o colesterol é produzido no fígado, e influenciado pelo nível de insulina, devemos ter uma dieta tipo mediterrânica em que só se ingiram hidratos de carbono de médio/baixo índice glicémico.

A vitamina D, ou seja a exposição solar é fundamental para manter os níveis saudáveis.

O exercício físico tem o condão de remodelar e melhorar o perfil das gorduras. Coma uma boa parte da sua comida crua, e ingira óleo ómega-3 e evite o tabaco e o álcool.