ENVELHECIMENTO, EXERCÍCIO E HORMONAS
Cada vez que efectua uma actividade física, coloca uma certa quantidade de stress no seu corpo. No exercício aeróbico, isto significa treinar até ao ponto em que começa a suar profusamente, o que acontece quando o seu coração está a 70% da capacidade máxima e durante um certo limite de tempo. Cada vez que isto acontece, as coisas começam a ocorrer ao nível molecular; particularmente, tornamos as células mais propensas à captação de glicose, diminuindo a quantidade de insulina necessária. Se tiver sobrepeso ou estiver fora de forma, então demorará muito tempo a aumentar a sua temperatura basal e a suar profusamente. Este é um bom ponto de partida para parar o exercício diário. Com o tempo e a consistência no treino, terá de treinar durante cada vez mais tempo ou mais intensamente para começar a suar de forma abundante.
O treino de musculação é bastante diferente do treino de aerobica no que concerne à insulina. Ao formar mais massa muscular, o corpo terá a vida facilitada para extrair glicose ao sangue e assim os níveis de insulina descerão. Independentemente do tipo de treino, os resultados a longo prazo são os mesmos: redução do excesso de insulina.
Contudo, há outras alterações hormonais em cena com a musculação e que não ocorrem com o treino aeróbico. Quando exercita os músculos até à exaustão, ocorre sempre algum grau de traumatismo muscular e consequente lesão. Isto desencadeia uma resposta pró-inflamatória para tratar as micro roturas infligidas aos músculos.
Se a resposta inflamatória não for muito exagerada será então desencadeada uma resposta anti-inflamatória que reparará o músculo e lhe dará uma capacidade extra para futuros desafios da mesma magnitude. Parte desta resposta consiste na produção de hormona do crescimento – que é a nossa hormona rejuvenescedora – a qual uma vez em circulação também vai exercer efeitos nos órgãos e na pele. Ora é na intensidade do exercício – “violenta” mas não exagerada (para que se produza um mínimo de cortisol), espaçada no tempo e hormonalmente equilibrada do ponto de vista nutricional (demasiados hidratos de carbono produzem demasiada insulina a qual inibe a produção de hormona do crescimento) que reside a pedra de toque do exercício com sucesso. O mais importante é aprender a “ouvir” o corpo, interpretando correctamente a causa das dores musculares que persistem demasiado tempo. Obviamente que uma suplementação com ómega-3 ajuda a baixar a inflamação muscular.