Consultas de Saúde da Mulher (hormonas bioidênticas) e Saúde do Homem:
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Tenho recebido feed-back de pessoas que têm sido diligentes na sua determinação em perder peso – leia-se gordura – e melhorar a sua forma física mas nada parece fazer efeito. Após meses de esforços consistentes mal perderam um quilograma ou viram a sua cintura reduzida em mais do que um centímetro. Põem-se a questão: poderá ser um problema da tiróide? Mesmo os que foram diagnosticados com hipotiroidismo poderão questionar a dosagem ou o tipo da sua medicação. A maioria fica presa ao dilema de ter de ganhar ainda mais peso ao usar a levotiroxina. A pesquisa médica demonstra que muitas pessoas ganham peso quando lhe é prescrita apenas a levotiroxina – letter, eutirox, thyrax, etc., e as correcções de dose são única e exclusivamente baseadas nos níveis de TSH. As minhas preocupações em relação ao peso não se prendem com o facto de cabermos bem ou não nos jeans preferidos. Quando as pessoas me perguntam se as posso ajudar em relação ao excesso de peso, a minha resposta é invariavelmente “posso ajudá-la em relação à sua saúde e peso ideal se quiser ajudar a si própria”. O excesso de peso não é apenas uma questão de imagem e vaidade, é muito mais pois pode aumentar o potencial de doença. Apenas 7 a 15 quilos extra são o suficiente para multiplicar o risco de um ataque cardíaco, diabetes, ou cancro em 6 vezes. As estatísticas recentes mostram que mais de metade da população tem excesso de peso ou é obesa. As campanhas de educação pública, embora incipientes, não parecem resultar. A taxa de obesidade aumentou cerca de 40% na última década, e apresenta proporções epidémicas. Não somos vítimas da nossa genética, antes sim de más escolhas de estilo de vida. O custo da obesidade é astronómico e põe em risco a saúde dos sistemas de saúde. A regulação hormonal da tiróide é um factor essencial frequentemente ignorado ou relegado nas discussões sobre a obesidade. E afinal de contas pode ser o elo perdido nos esforços para emagrecer. Quando consideramos a epidemia global de problemas da tiróide teremos de perguntar quanto dinheiro gasto em tratamentos de obesidade seria mais bem empregue no diagnóstico e tratamento do hipotiroidismo subclínico. Claro que a alimentação e o exercício, mais a primeira do que a segunda, são cruciais. Dado que a nossa genética permanece imutável em relação ao século passado teremos que nos questionar sobre o que é que mudou em tão pouco tempo de forma a provocar esta epidemia de obesidade. O que ressalta de evidente é que passamos a comer cada vez mais alimentos refinados e altamente processados à base de hidratos de carbono – sendo a frutose a vilã – e de gordura alienígenas, esquecendo o nosso tipo tradicional de alimentação mediterrânica. Cada vez que retiram gordura dos alimentos processados, aumento o teor dos hidratos de carbono de alto índice glicémico. Afinal de contas, têm de pôr lá qualquer coisa …! Brevemente abrirá a época das dietas e dos medicamentos milagrosos para abater as gorduras indesejadas. Faz-se de tudo para poder parecer bem, pois finalmente vem aí a Primavera …Mas é Sol de pouca dura, pois o que deve ser consistente é mais penoso e é fácil tomar o caminho mais fácil!
O facto é que cada vez que fazemos dieta ou tomamos esses tais comprimidos o nosso corpo reaje baixando o metabolismo – hipotiroidismo tipo 2 – e invariavelmente os esforços vão por água abaixo. É que fomos forjados numa evolução de milhões de anos de penúria alimentar, e não vai ser agora que o nosso corpo vai abrir mão das nossas reservas … a menos que tenhamos uns truques na manga!