IODO E CANCRO DA MAMA
A deficiência em iodo está a emergir rapidamente como um dos maiores factores de risco de cancro da mama. O tecido mamário e o leite humano contêm concentrações maiores de iodo do que a própria glândula tiróide, a qual contem 30% do iodo corporal. O tecido mamário é rico nas mesmas proteínas transportadoras de iodo usadas pela tiróide para extrair este elemento do sangue. As razoes evolucionárias para esta realidade são claras: o iodo e essencial ao desenvolvimento do cérebro do recém-nascido, pelo que a mãe deve ter meios directos de fornecer iodo à sua criança. O iodo exerce também um poderoso efeito antioxidante ao nível do tecido mamário equivalente ao da vitamina C. O tecido mamário insuficiente em iodo mostra alterações de peroxidação lipídica, um dos factores precoces de desenvolvimento de cancro, bem como alterações ao nível do ADN. O iodo também regula a hormona do stress – o cortisol – contribuindo assim para uma imunidade normal minimizando por esta via o risco de cancro.
O elo entre a deficiência em iodo e o cancro da mama é mais evidente quando se comparam as Japonesas às Ocidentais, pois as nipónicas ingerem cerca de 25 vezes mais iodo. Os estudos apontam para que doses diárias de 5 mg de iodo são o suficiente para manter uma boa saúde incluindo a doença fibroquística das mamas – doses de 6 mg aliviam completamente os sintomas dos quistos mamários.