CUIDADO COM A TERAPÊUTICA DA OSTEOPOROSE
Os bifosfonatos são actualmente os medicamentos mais prescritos para a osteoporose. Eles mimetizam, até certo ponto, a acção dos estrogénios sobre os ossos onde inibem a reabsorção óssea. O osso saudável é remodelado da seguinte forma: células destrutivas chamadas osteoclastos fazem uma cratera no osso abrindo caminho a células osteo-formadoras, os osteoblastos, que produzem ossos novo preenchendo esse espaço. Ao fim de certo tempo fica renovada a totalidade do osso. Se os estrogénios limitam até certo ponto a fase de destruição óssea (reabsorção), os bifosfonatos inibem-na pelo que o osso de má qualidade não vai para a reciclagem. Pior, não havendo reabsorção não há a fase de formação de novo osso, pois estes compostos não têm a capacidade de formar osso. Desta forma o osso fica fraco e com uma arquitectura deficiente. São vários os fármacos à venda nas farmácias: ácido alendrónico, fosavance, actonel, Bonviva, etc. Quanto maior for a sua duração pior, pois um fármaco que se toma uma vez por ano traz consigo os possíveis efeitos adversos durante esse tempo, sem que na pratica possamos fazer algo contra isso. Os bifosfonatos bloqueiam a normal mineralização e reabsorção ósseas. Os estudos promovidos pela indústria farmacêutica têm-se esforçado por demonstrar a superior qualidade destes fármacos, mas a verdade vem sempre à tona e quando se fazem biopsias ósseas estas revelam um osso de má qualidade. Afinal, é vulgar as doentes tomarem estas drogas anos a fio e quando fazem uma densitometria é-lhes revelado que mantêm a osteoporose. Como é possível? Mais, quando há uma fractura óssea a sua consolidação fica comprometida pela toma destes medicamentos. Isto para não falar dos casos de fibrilhação auricular, necrose asséptica da mandíbula e de fracturas atípicas. Estas têm algumas coisas em comum:
- A maioria doas pacientes tomou bifosfonatos 4 a 7 anos antes do evento.
- A fractura foi frequentemente precedida por dor óssea localizada durante 1 a 2 anos (particularmente nas ancas).
- Algumas pacientes tiveram fracturas na articulação oposta (colo do fémur) 2 a 4 anos antes.
- As fracturas estavam associadas a impactos de baixa energia, como a marcha e muitas vezes as pacientes sentiam estalidos nos ossos antes das fracturas.
O stress ósseo típico do dia-a-dia tende a causar microfracturas nos ossos. Em condições normais estas fracturas activam os osteoclastos e posteriormente os osteoblastos para as repararem. Ao inibir os osteoclastos para-se esse processo natural, e aparecem fracturas nas doentes a tomar fármacos para supostamente as evitarem!