Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

15.09.10

QUEDAS: PROBLEMA FATAL DE SAÚDE PÚBLICA


Dr. Luís Romariz

As quedas são um dos maiores problemas de saúde publica mundial com uma estimativa de 424.000 fatalidades anuais, tornando-a na 2ª maior causa de lesão e morte logo a seguir aos acidentes de viação, segundo os dados das Nações Unidas. Mais de 80% das fatalidades por quedas ocorrem em países pouco desenvolvidos, e 37.3 milhões delas são suficientemente graves para necessitar de cuidados médicos. A maior taxa de morbilidade acontece nas pessoas maiores do que 65 anos, e nos jovens menores do que 15 anos.As pessoas que caem e sofrem uma incapacidade, particularmente os mais idosos, ficam com um risco acrescido de internamento prolongado numa instituição, de acordo com a WHO. Na Finlândia para os maiores do que 65 anos, a média dos custos decorrentes das quedas é da ordem de 3.000 € por pessoa. Dados do Canadá associam a implementação de medidas preventivas a uma redução de 20% na incidência de quedas poupando mais de 100 milhões de Euros cada ano. Embora todas as pessoas que caem tenham um risco de sofrer lesões corporais, a idade, o género e a saúde de cada indivíduo afecta o tipo e a severidade das lesões. Os mais idosos são quem tem um maior risco de morte após queda, e este risco aumenta com a idade. As lesões podem apresentar-se como TCE (traumatismos craneo-encefálicos), contusões, fracturas da anca e coluna. O risco deve-se, menos em parte, a alterações físicas, sensoriais, e cognitivas associadas com o envelhecimento.

São necessárias politicas que criem um ambiente seguro à volta das pessoas com maior risco de caírem, mas o mais importante, na minha perspectiva, é a manutenção de uma adequada massa muscular e óssea, de uma irrigação arterial eficiente, e de treino em exercícios de equilíbrio e alongamentos. Ou seja, previne-se as razões das quedas, minimiza-se as condições ambientais para os seus riscos ou sequelas, e aumenta-se a massa óssea de forma a elevar o limite fracturário quando elas acontecerem. Mas muitas destas premissas levam tempo a implementar, razão pela qual devemos começar já a pensar no futuro. E o presente passa por fazer uma dieta mediterrânea modificada, com boa ingestão proteica, suplementação dos minerais vestigiais como o boro, e sílica, ingestão de vitamina K2 e D (preferencialmente através da exposição solar) e treino de resistência e equilíbrio (ioga por exemplo).