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Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

25.01.12

INÍCIO DO DECLÍNIO COGNITIVO AOS 45


Dr. Luís Romariz

O aumento da esperança de vida implica alterações fundamentais na pirâmide etária, com um impressionante aumento do número de idosos. Estas alterações vão ter uma influência determinante na vida dos indivíduos e na sociedade em geral. Há uma associação negativa evidente entre a idade e o desempenho cognitivo – processo do conhecimento que integra a atenção, a memória, o raciocínio, o juízo crítico, a imaginação, o pensamento e o discurso – mas a idade em que este processo se inicia é desde sempre tema de debate. Estudos recentes permitem concluir haver pouca deterioração cognitiva antes dos sessenta anos, embora se demonstre a presença de placas amilóides – substância cerebral considerada prejudicial e que é muito característica da doença de Alzheimer – nos casos mais graves de declínio cognitivo. Após se ter estudado uma amostra humana de 5 198 homens e de 2 192 mulheres, entre os 45 e os 70 anos de idade, e se ter monitorizado a sua evolução durante 10 anos através de avaliações quadrimestrais, os resultados mostraram que a cognição declina com a idade do grupo e mais rapidamente à medida que cada indivíduo envelhece. O declínio após os 60 anos tem um impacto profundo na qualidade de vida das pessoas, com consequências significativas. Ora, sendo esta patologia completamente insidiosa e assintomática, devemos investir todos os nossos recursos na sua prevenção. Como? Através da alteração positiva dos estilos de vida, fazendo exercício físico, tendo uma nutrição adequada com particular empenho em consumir ómega-3 e em não ingerir alimentos com médio/elevado índice glicémico; suplementando a alimentação com antioxidantes de comprovado efeito sobre o cérebro como o resveratrol, e o ácido lipoico; incluindo fármacos para melhorar a glicação como é o caso da benfotiamina e da metformina. Ler, aprender e fazer jogos de franca actividade mental completa o ramo.

25.01.12

FADIGA


Dr. Luís Romariz

A queixa mais frequente referida pelos doentes é a fadiga. Nunca se sentem bem, têm dificuldade em sair da cama, estão deprimidos e ansiosos, sofrem de insónia, de má memória e dificuldade de concentração, e têm vertigens ou tonturas frequentemente. As origens da fadiga crónica são múltiplas. Mais frequentemente estão implicadas condições de saúde como o hipotiroidismo e a fadiga adrenal (das suprarenais). Todas as pessoas que têm uma doença crónica têm fadiga adrenal e hipotiroidismo tipo 2, mas estes pacientes são normalmente catalogados como depressivos e encharcados em fármacos tranquilizantes e antidepressivos químicos, os quais na maioria das vezes os põem como zoombies. Ou em alternativa são diagnosticados com fibromialgia e assim mantêm a cronicidade das suas maleitas ad eternum. O hipotiroidismo e a fadiga adrenal reflectem sempre um metabolismo pobre. Baixa produção de  cortisol e aldosterona – sobretudo o cortisol matinal -  e a baixa de minerais essenciais têm impacto na qualidade dos neurotrasmissores e portanto na nossa qualidade de vida. O hipotiroidismo provoca diminuição da produção ácida gástrica e consequentemente uma menor absorção dos minerais e das proteínas. O maior ataque às glândulas suprarenais provem do strress, e para além das técnicas de relaxamento podemos suplementar a nossa alimentação com vitamina C, complexo B, crómio, ómega-3 e boas fontes de gordura animal como as gemas de ovos, e a manteiga. Os adaptogénios nomeadamente a rhohiola rosea são extremamente úteis para nos ajudar a lidar com o stress. A optimização hormonal do hipotiroidismo com liotironina retard e da fadiga adrenal com a hidrocortisona, bem como a suplementação com DHEA e vitamina D, são as terapias de fundo destas patologias que afligem tantas pessoas. Para além disto, uma vida saudável e afastada dos tóxicos ambientais mais comuns, normalmente contidos nos alimentos processados (não esquecer as amálgamas dos dentes) podem ser o suficiente para voltar a ter força e vitalidade.

23.01.12

TERMOGRAFIA VS MAMOGRAFIA


Dr. Luís Romariz

Muitas mulheres estão conscientes acerca dos limites das radiações emitidas pelos aparelhos de mamografias, e do possível dano por elas causado nomeadamente nas maiores do que 50 anos. Foram propostas recomendações – guidelines – para as mamografias de rastreio oncológico as quais passaram a contemplar a realização de uma mamografia de 2 em 2 anos para as mulheres entre os 50 e os 74 anos de idade. Isto até pode levar as mulheres a procurar outras opções, nomeadamente as que não sejam invasivas como é o caso da termografia. Esta é uma excelente ferramenta para a prevenção das alterações mamárias, e para o diagnóstico precoce do cancro da mama ao contrário da mamografia que apenas detecta um tumor após ele já se ter formado há 1 ou 2 anos, permitindo tomar medidas antes que seja tarde. A termografia tem uma capacidade de 99% de descartar a existência de um cancro da mama, e 90% de certeza a detectar um cancro existente. A termografia pode e deve ser utilizada para monitorizar:

  • A saúde mamária
  • As alterações na saúde mamária
  • As reacções adversas após tratamento do cancro da mama
  • Os programas de saúde mamária
  • A terapia de reposição hormonal

É necessária uma câmara de infravermelhos de alta resolução e um ambiente térmico condicionado e estável. A termografia procura o risco de desenvolvimento de cancro da mama antes do problema se estabelecer. Comparando a termografia à mamografia em termo de previsão atmosférica a primeira diz-nos se vai chover, enquanto que a mamografia apenas nos diz se a chuva vai melhorar ou piorar. Ora nesta como em outras situações críticas, apenas o diagnóstico precoce que conduz à terapia precoce nos pode salvar de apertos graves …

22.01.12

EPIDEMIA SILENCIOSA


Dr. Luís Romariz

Uma maleita silenciosa ameaça milhões de pessoas – e você bem pode ser uma delas. A doença é dissimulada, atacando diferentes pessoas de diferentes maneiras. Numa pessoa manifesta-se por tremores, noutra através de depressão ou psicose, e noutras com alterações da sensibilidade, paresias e dores. Muitas vezes esconde-se atrás de um ataque cardíaco ou AVC (trombose). Frequentemente esta patologia é considerada uma doença de idosos, e se em boa parte isto corresponde à verdade, o facto é que as causas subjacentes pouco têm a ver com o normal envelhecimento. Pessoalmente acho que é mais perigosa a insuficiência do que a deficiência nesta vitamina. As quantidades mínimas recomendadas, bem como os níveis ditos normais, estão normalmente aquém do que é necessário para sermos saudáveis e apenas garantem a eliminação das doenças mais graves da falta vitamínica. Diferentes pacientes: perda de urinas, dificuldade em andar erecto e falta de força muscular (com as consequentes quedas e fracturas ósseas), depressão, infertilidade, e perda da sensibilidade, têm a falta de vitamina B12 em comum. E geralmente todos eles foram diagnosticados para outra patologia … no entanto 80% dos vegetarianos sofrem dela, bem como 20% dos seniores. A actual gama de valores “normais” está desactualizada face às necessidades e face às evidências – devemos considerar como mínimo o máximo proposto pelos laboratórios de análises. E facto, os níveis e as quantidades consideradas normais enfermam de dois enviesamentos:

Ø  As quantidades referem-se sempre às mínimas necessárias para que a deficiência absoluta não se expresse – por exemplo a quantidade mínima recomendada de vitamina C apenas cobre a expressão do escorbuto.

Ø  As variações dos valores dos laboratórios de análises são adaptadas continuamente às realidades, pelo que a manutenção constante de uma anormalidade passa a ser considerada normal – ou seja, se houver, e há, continuamente uma diminuição da ingestão de B12 os valores diminuídos passam com o tempo a ser considerados normais.

Mas o que torna a vitamina B12 tão peculiar? Desde logo o facto de ser a única com cobalto, e a única que não se adquire através de vegetais ou da radiação solar. Para a podermos obter teremos de comer produtos de origem animal ou teremos que ingeri-la sob a forma de suplementos (logo à partida é uma razão inultrapassável para afirmarmos que não somos nem podemos ser vegetarianos). Por outro lado, as peculiaridades desta vitamina expressam-se através da sua absorção e transporte interno:

o   A vitamina B12 está ligada a proteínas animais e precisa de ser libertada deste complexo para poder ser absorvida. Para isto é necessária a enzima pepsina a qual está dependente da produção de ácido clorídrico pelo nosso estômago.

o   O nosso estômago também produz uma substância chamada factor intrínseco, que é necessária ao transporte intestinal desta vitamina. Outras proteínas servem de transporte da B12 até ao intestino onde é absorvida.

o   Já na corrente sanguínea é precisa outra proteína – a transcobalamina II – para poder ser levada às células, o seu destino final.

Assim, qualquer alteração a este complicado sistema conduz a uma insuficiência em B12. Ora à medida que envelhecemos produzimos menor quantidade de ácido clorídrico e de factor intrínseco. Por outro lado as actuais medicações para problemas estomacais e de refluxo esofágico – os chamados anti-ácidos e inibidores da produção ácida – contribuem para a menor absorção desta vitamina. E estes potentes fármacos são actualmente de venda livre em para-farmácias …

Esta insuficiência está a tornar-se epidémica porque cada vez comemos mais produtos refinados e industrialmente processados – gorduras vegetais e açucares – os quais são baratos, em detrimento dos produtos animais mais caros e com o falso ónus de serem maus para a saúde. Dado os profissionais de saúde não estarem treinados para considerar a insuficiência nesta vitamina, bem como nas outras, como uma doença a pesquisar e haver a má ideia de que a partir da altura em que somos adultos – já estamos com o nosso corpo formado – precisamos de menor quantidade de proteína, isto abre as portas à presente epidemia que infelizmente vai aumentar de amplitude. E afinal é bem simples combater esta deficiência e as suas patologias associadas … ingerir carne, peixe e ovos … ou suplementar com a ingestão de vitamina B1 na forma sublingual – pois deixa de estar dependente das peculiaridades da sua absorção.

20.01.12

QUANDO É QUM DIETA GORDA NÃO É UMA DIETA GORDA?


Dr. Luís Romariz

Quando é uma dieta rica em hidratos de carbono (HC)! A maneira mais simples de comprovar que uma dieta rica em gordura é maléfica consiste em alimentar um ratinho a açúcar, e depois descrever isto como uma dieta rica em gordura. A dieta usada para a alimentação dos ratinhos continha 5% de gordura e só após ter sido convertida em 10% de gordura é que os ditos ratinhos deixaram de morrer de doença cardiovascular e renal. Baralhada? Quando usamos uma alimentação genuinamente gorda não há efeitos adversos ao nível do coração. A gordura “má” é produzida pelo nosso próprio corpo em resposta a um excesso de HC de elevado índice glicémico. No TOP destes HC está a frutose contida nas bebidas refrigerantes e sumos (mesmo que naturais e feitos em casa), e em metade do açúcar de mesa – a sacarose. A frutose escapa ao controlo da enzima fosfofrutoquinase e em vez do seu excesso ser convertido em glicogénio, que é uma forma (inócua) de armazenamento no fígado e nos músculos, é convertido em triglicerideos – uma má forma de gordura – e o ácido úrico resultante provoca hipertensão arterial. É os dois em um a evitar. Esta é uma das razões pela qual a massa (pasta) não coca tantos problemas de saúde. O seu HC é basicamente glicose. Claro que a massa tem outras qualidades que afectam, no bom sentido, o seu índice glicémico.

15.01.12

DIABETES vs, HC E GORDURAS


Dr. Luís Romariz

Durante o meu treino médico fui ensinado que uma dieta baixa em gordura e rica em hidratos de carbono (HC) complexos prevenia o excesso de peso e a doença. Durante anos acreditei piamente nos meus professores, mas a determinada altura comecei a questionar esta posição que me parecia incompatível com as ciências médicas básicas nomeadamente a bioquímica e a fisiologia. Passei a “pregar” uma nova filosofia de alimentação junto dos meus pacientes. Ao fim de cerca de 25 anos de exercer a profissão médica tinha a noção de não ter adiantado nada significativo na saúde dos doentes diabéticos, cuja progressão da doença era inexoravelmente má fizesse eu o que fosse. Era obvio que algo estava mal e que a medicação proposta pelas farmacêuticas não dava conta do recado, o que acabou por ser confirmado com um grande estudo na área da diabetes – o UKPDS. Fizesse-mos o que fosse a nível farmacológico que os desfechos eram os mesmos …! Teria de haver algo mais, e teria de assentar nos estilos de vida.  A diabetes era considerada ser genética, o que se confirma apenas na predisposição à doença, ou seja, mesmo com esta predisposição é preciso ter os estilos de vida conducentes à expressão da dita cuja. Os pacientes são medicados com antidiabéticos orais e quando estes não dão conta do recado institui-se a insulina. O que os faz ganhar mais peso (gordura) pois a insulina é a hormona do armazenamento de gordura e mais gordura é igual a mais diabetes, e mais insulina, etc. A tensão arterial tende a subir, quer pelo aumento de peso e pela própria acção da insulina, quer pelo inevitável aumento do ácido úrico, e os pacientes são medicados com anti-hipertensores os quais muitas vezes geram mais diabetes – é o caso de alguns diuréticos. Após ter questionado a abordagem vigente era claro para mim que o problema contrariamente ao que nos é ensinado reside nos hidratos de carbono e na baixa ingestão proteica. Isto associado ao sedentarismo é a chama que provoca a ignição da propensão genética para a diabetes. Todos os HC são convertidos a açúcar mas uns são-no mais rapidamente do que outros – daí a noção de índice glicémico – e isso age diferentemente na produção de insulina. E o excesso de insulina é a marca padrão dos diabéticos tipo II. Então é necessário ingerir menos HC, de baixo índice glicémico e mais espaçadamente … fazendo cair por terra a noção de que o pão, a batata e outros HC complexos são o ideal para a nossa alimentação. Depois vinha a noção de oportunidade, isto é, o nosso organismo – nomeadamente as nossas células – não são um armazém de nutrientes – e devemos por isso espaçar suficientemente as nossas refeições. Três refeições diárias parece ser o suficiente, pois caso contrario estamos a fazer uma super produção de insulina, anulando a sua fase I o que é característico da diabetes.

Posteriormente veio a noção do exercício. Comemos para ter energia para gastar, se não a gastarmos não precisamos de comer, mas se ainda assim comemos, então obrigatoriamente armazenamos gordura sob a forma de trigliceridos e corremos para a diabetes. Tudo isto gera um círculo vicioso que normalmente termina em tragédia. Esqueçampois as teorias de comer pouco e várias vezes por dia pois apenas gera um aumento na produção de insulina; os HC complexos pois apenas é lógico ingerir os que tenham um baixo índice glicémico; a baixa ingestão proteica que pretensamente pode fazer mal aos rins, pois somos maioritariamente proteína e precisamos diariamente cerca de 1 a 2 gramas por quilo de peso corporal. Sem o exercício físico capaz de fazer gastar parte do que temos armazenado as células não abrem as portas a mais nutrientes – num esforço de se salvarem da loucura – e como tal não podemos melhorar da diabetes, nem do excesso de peso. Esqueçam as teorias segundo as quais a gordura engorda e que diabolizam as gorduras animais, que no entanto têm sido base da nossa alimentação durante milhões de anos. Esta teoria há 30 anos que prova … estar completamente errada. Esqueçam as gorduras polinsaturadas pois precisamos de pouca quantidade, e apenas nos seus recipientes naturais – as sementes e frutos. Tudo o resto é impróprio para o nosso consumo (excepção feita ao azeite). Como se chega a estas conclusões aparentemente contrárias à corrente médica vigente? Pensando (temos cérebro capaz disso), questionando diariamente os nossos conhecimentos e bebendo das ciências médicas básicas nomeadamente a bioquímica e a fisiologia.

14.01.12

RISCO DOS ANTI-HIPERTENSORES


Dr. Luís Romariz

 

Os medicamentos para a hipertensão arterial podem exaurir o nosso corpo de minerais importantes para o coração, podendo causar problemas que à partida tentam solucionar. A hipertensão leve a moderada pode ser tratada sem o recurso a este tipo de medicação. A hipertensão arterial é um sinal de desequilíbrios no nosso organismo que precisam de ser corrigidos. Os medicamentos baixarão a tensão arterial, mas não corrigirão as causas dessa hipertensão. Os estilos de vida contribuem de forma crucial para a génese desta patologia, e embora seja difícil convencer os pacientes a alterá-los, isto revela-se fundamental. A cessação tabágica e o aumento da ingestão de fibra alimentar podem ter um impacto positivo. A dieta com moderação de sal, de bebidas alcoólicas, e o sedentarismo são a pedra de toque do tratamento não farmacológico desta patologia. A medicação química raramente consegue diminuir o risco de morte prematura, pelo que se torna imperioso corrigir factores de risco como a obesidade, o alcoolismo, o tabagismo, e a exceesiva ingestão de hidratos de carbono de elevado índice glicémico. Igualmente importante é a diminuição do stress. Os vegetais e frutos frescos ajudam a baixar a TA. Uma boa gestão do sono contribui para manter a tensão arterial em níveis normais. Tudo o que faça aumentar a produção de óxido nítrico como o exercício, o consumo de proteínas e de antioxidantes, faz diminuir a TA. Fundamentais são o potássio e o magnésio pois são os “medicamentos” naturais da hipertensão. Laranjas e bananas são ricas nestes nutrientes, devendo suplementar a nossa alimentação com 500 mg de magnésio e eventualmente ingerir potássio em formulação retardada. Quanto aos fármacos, os diuréticos tão na moda por questões economicistas são produtos contra-natura que exaurem o nosso organismo de água e de minerais preciosos como o potássio e o magnésio. E não me parece que possamos estar simultaneamente hidratados e desidratados, isto é perder água para baixar a tensão arterial e manter o sangue fluido para não correr o risco de sofrer um AVC. E acreditem, … há mais vida para além dos produtos farmacêuticos!

14.01.12

BAIXE A CARGA TÓXICA


Dr. Luís Romariz

Sim, podemos reduzir drasticamente a nossa carga tóxica, e apenas em três dias! Os estudos apontam claramente para o facto de que a alteração dos hábitos alimentares fá-lo bem e rapidamente. Foram medidos os níveis de Bisfenol-A e DHEP (tóxicos comuns nos alimentos) conhecidos tóxicos capazes de arruinar o nosso sistema endócrino. Ambos os tóxicos são comummente encontrados nos plásticos, e especialmente nos alimentos enlatados e empacotados. Após terem sido eliminados estes tipos de embalagens alimentares das dietas das pessoas, e apenas em três dias os níveis tóxicos destes poluentes diminuíram 66%. Esta é uma alteração significativa, e faz valer a pena investir em alimentos não processados. Os ftalatos são outros tóxicos que alteram o sistema endócrino e que se encontram nos alimentos embalados. A reter:

  • Fresco é melhor
  • Prepare e coma as refeições em casa
  • Armazene os alimentos, especialmente a água, em contentores não plásticos (vidro ou aço inoxidável)
  • NUNCA leve plásticos ao microondas
  • Cuidado com os plásticos das máquinas de café!

E lembrem-se as fragrâncias são fontes muito importantes de químicos capazes de alterar o sistema endócrino e inclusivamente causar cancro.

14.01.12

PONHA O SEU FÍGADO A SALVO


Dr. Luís Romariz

Eu entendo porque é que as pessoas tomam o fármaco paracetamol, mais conhecido sob a marca Ben-U-Ron. Querem mitigar as dores ao mesmo tempo que põem o estômago a salvo de efeitos secundários indesejáveis. Como também tem actividade antipirética (baixa a febre) parece ser o medicamento de escolha de muitas pessoas e profissionais de saúde. Para além disto é vendido sem necessidade de receita médica, o que facilita imenso a sua aquisição. Mas infelizmente não há bela sem senão e raramente é comunicado aos pacientes que o paracetamol é um fármaco capaz de gerar imensos radicais livres e como tal torna-se tóxico para o fígado. Ainda assim é  o mais prescrito para as crianças …! E devemos saber que na história deste medicamento já houve imensas mortes associadas. Nos EUA é conhecido sob a marca Tylenol e o nome genérico é acetaminofeno. Parece ser o lobo com pele de cordeiro.

12.01.12

HÁ VIDA PARA LÁ DA MENOPAUSA


Dr. Luís Romariz

O magnésio, requerido em centenas de reacções corporais, tem um efeito dramático na nossa qualidade de vida. Um estudo feito em 171 mulheres pós-menopausicas mostrou que elas tinham uma insuficiência em magnésio, a qual piorava em relação à data da sua última menstruação. Já sabíamos que a maioria das pessoas tinha algum grau de insuficiência neste nutriente, mas isto mostra que essa insuficiência piora com o passar do tempo em menopausa. O magnésio é vital à saúde cardiovascular, cerebral, e é um agente anti-inflamatório. Insuficiências em magnésio certamente levam a envelhecimento prematuro e aumentam o risco de ter uma péssima saúde. Um suplemento de 400 mg diários parece ser uma opção saudável. Por outro lado as mulheres em menopausa que fazem um suplemento de DHEA na dose de 10 mg diários têm uma redução significativa nos sintomas da menopausa, ao mesmo tempo que vêem melhoradas a sua sexualidade. A DHEA é a principal hormona produzida pelas glândulas supra-renais e que equilibra os malefícios do cortisol, combatendo os efeitos do stress, do desgaste do dia-a-dia e da inflamação silenciosa. Por exemplo, quando a DHEA está baixa e o cortisol elevado pode ocorrer obesidade abdominal –razão para as mulheres em menopausa ganharem um ventre proeminente. 

 

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