Os efeitos letais da elevação do açúcar (glicose) – por muito pequena que seja – são muito mal compreendidos. Uma das razoes para isto reside no facto de muitos médicos ainda se regerem por referencias analíticas obsoletas. Falha-se em reconhecer que qualquer excesso de glicose cria uma alteração metabólica patológica que abre as portas a doenças degenerativas conotadas cm o envelhecimento. Por conseguinte, as pessoas sofrem e morrem de complicações do tipo diabético sem nunca terem tido conhecimento de que padeciam delas. À medida que acumulamos conhecimento científico ficamos mais alertados para o facto de devermos controlar agressivamente níveis de glicemia outrora tidos como saudáveis e normais. A nossa fonte primária de energia é glicose, a qual é usada por todas as células do nosso organismo. À medida que a sensibilidade à acção da insulina diminui, seja por pré-diabetes ou pelo envelhecimento, acumula-se um excesso de glicose na corrente sanguínea a qual cri um ambiente oxidativo e inflamatório desfavorável à saúde. O excesso de glicose é inexoravelmente convertido em triglicerídeos – ou seja, gordura – que se acumulam e ou nas artérias (aterosclerose) ou nas ancas, barriga, etc.
Se enchermos o depósito de combustível do nosso carro, só vamos querer voltar a enche-lo quando tivermos gasto a maior parte. Do mesmo modo interage o nosso organismo com a agravante que o excesso celular de glicose carameliza comprometendo quase que irremediavelmente a nossa maquinaria celular – fenómeno conhecido como glicação e que é fonte de excessiva produção de radicais livres e de inflamação. Parece consensual que os níveis de glicemia não devem exceder os 100 mg/dl, mas o óptimo é 70-85 mg/dl. As pessoas com glicemias maiores do que 85 mg/dl têm maior rico (cerca de 40% mais) de ataque cardiovascular. Níveis baixos, embora normais, de glicemia influenciam positivamente os genes da longevidade, pelo que todas as estratégias para alcançar esses desiderato são boas. Nestas inclui-se o exercício físico, a diminuição da ingestão de hidratos de carbono e a carga glicémica, a ingestão de suplementos que comprovadamente diminuem a glicemia e a glicação – casos da metformina, ácido alfalipoico, glucomanano, irvingia, chá verde, acarbose, extracto de feijão-branco, etc.
A glicemia persistentemente elevada conduz a:
- alterações da retina
- aterosclerose
- stress oxidativo
- aumento da inflamação
- disfunção endotelial
- redução do fluxo sanguíneo coronário
- aumento do risco de cancro cancro
Seja prudente pois só tem uma vida, não a estrague!