PREVENÇÃO DO CANCRO DA MAMA
O problema em relação à auto-palpação mamária, que tem sido recomendada como forma da mulher rastrear algo estranho nas suas mamas, é que sempre que a mulher nota algo é invariavelmente sujeita a uma mamografia. Esta infelizmente usa radiação ionizante com uma dose relativamente alta, a qual só por si pode contribuir para o desenvolvimento de cancro da mama. As mamografias expõem a mulher a uma radiação cerca de 1 000 maior do que uma radiografia ao tórax (vulgo pulmonar). A mamografia também comprime as mamas de forma a poder disseminar células cancerígenas, caso elas existam. E tudo pode acabar numa biopsia mamária, a qual também pode ter consequências.
A termografia pode dar um contributo precioso para o diagnóstico dos nódulos, desde que a sala em que o aparelho esteja instalado cumpra certos preceitos de temperatura constante e que a leitura da imagem seja efectuada por um técnico super credenciado.
Contudo, a prevenção ainda é a melhor estratégia. Deveremos focar a nossa atenção nos factores que contribuem para o aparecimento de cancro da mama. Um dos factores que sabemos ser mais perigoso é a substituição com hormonas SINTÉTICAS. Há alguns anos atrás a industria farmacêutica enveredou por esta caminho, na sua voragem por lucros desmedidos, e começaram a aparecer os primeiros problemas. Inventaram uma progesterona sintética para tentar amenizar os efeitos deletérios dos estrogénios de égua e foi pior a emenda que o soneto. Claro que as hormonas chamadas bioidênticas – isto é, iguais às que a mulher produz – não podem ser patenteadas e por conseguinte não dão os lucros astronómicos das sintéticas. Veja-se quando lucram as companhias com os anticoncepcionais orais, e tem-se uma ideia do que está em jogo. Claro que os efeitos cancerígenos das “pílulas” só são notórios a longo prazo, e a culpa desvanece-se no tempo.
Uma condição frequente a partir dos 35 anos é a chamada dominância estrogénica. A progesterona é a primeira hormona a declinar e deixa de poder equilibrar os efeitos proliferativos dos estrogénios. Quantos mais ciclos anovulatórios houver, pior será. Claro que na menopausa praticamente não há progesterona e estrogénio por pouco que seja é sempre dominante.
Na perimenopausa e menopausa há desequilíbrios entre os estrogénios – estradiol, estrona e estriol – o que leva a uma propensão para o aparecimento de células cancerosas. Um factor importante na prevenção é que a transformação que os estrogénios sofrem no corpo da mulher (após terem cumprido os seus efeitos) de forma a poderem ser eliminados, pode levar à formação de metabolitos cancerígenos. Actualmente podemos medir isto com um teste de metabolitos dos estrogénios urinários, e corrigir qualquer desequilíbrio muito antes de se tornar fatal.
Outros importantes componentes da prevenção do cancro da mama incluem:
- Vitamina D, em níveis altos praticamente previnem o risco de cancro da mama. O sol é grátis e o caminho é fácil!
- Insulina em jejum, quanto maior do que 5, pior será. Também aqui o caminho é fácil. A insulina está dependente do que comemos, particularmente da carga glicémica que consumimos.
Outro ponto importante na prevenção d cancro da mama prende-se com o tipo de gorduras que consumimos. O folhado tão apetecível está carregado de margarina – e por conseguinte cheio de gorduras trans – e esta é do piorio para as membranas celulares! Ómega-3 é o que está a dar. Duas a três cápsulas de 1 000 mg de óleo de sardinha ou de salmão podem fazer a diferença.
Finalmente, devemos optimizar a produção de melatonina. Normalmente isto é feito dormindo em escuridão absoluta e tendo feito uma exposição normal à luz solar. Quanto mais cedo nos deitarmos mais melatonina produziremos. A melatonina tem efeitos anticancerígenos.