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Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

17.08.08

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Dr. Luís Romariz

Boa tarde, gostava que me dessem alguma informação sobre esta nova medicina, anti envelhecimento. Se ha alguma instituição em portugal que dê a formação, ou se haverá algum congresso, e em que zona de portugal, tal como houve recentemente em Cascais o 1º congresso ibérico de medicina anti-envelhecimento. Obrigada.

Cara leitora

Vai haver nova edição do congresso, em Maio. Poderá sempre aceder à formação específica para cada grupo frofissional.

Brevemente no Porto a NewAge através de uma empresa espanhola, vai  dar formação teórica e prática a médicos, nutricionistas e licenciados em motricidade humana.

Envie o seu curriculo e logo que essa formação comece contactala-ei.

17.08.08

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Dr. Luís Romariz

Cara Renata

GHA é hormona que não conhecemos com essa designação, por mais que tenhamos procurado.

Poderá estar a referir-se à DHEA. Esta é uma hormona esteroide, isto é, formada a partir do colesterol, e que se vai transfomar em androgénios.

Esta hormona para além de efeitos próprios rejuvenescedores, tem efeitos positivos na sexualidade feminina e na qualidade da pele.

Estou sempre ao seu dispor para esclarecer qualquer dúvida.

17.08.08

CÉLULAS ESTAMINAIS


Dr. Luís Romariz

Caro Giuliano

A sua questão em relação ao comentário da Drª Isabel Hofman sobre a ligação da medicina anti-envelheciomento e as células estaminais é muito pertinente.

Estas células têm um alto poder de diferenciação, isto é, podem-se tornar em qualquer tipo de tecido do nosso organismo. Assim, vai ser possível entrar numa era de medicina regenerativa em relação ao nosso corpo. Esta potencialidade pode fazer sonhar com órgãos novos a partir da injecção de células estaminais, por exemplo no fígado. Como a medicina anti-envelhecimento abrange todas as possibiloidades para melhorar o nosso corpo e dar--lhe muitos e bons anos, cá estaremos para abordar essa nova técnica quando ela for acessivel.

Por ora mais vale concentrar no que já se pode fazer pelo nosso organismo, pois ´já vamos longe...

As suas questões serão sempre bem-vindas.

 

14.08.08

UM DIA DE SOL


Dr. Luís Romariz

O Sol

Os nossos antepassados conheciam a importância do Sol. Não só conheciam, como reverenciavam o Astro-Rei! Por exemplo, todas as civilizações comemoravam o solstício de verão (o dia mais comprido do ano) como uma data especial e feliz. Já a data do Natal cai, simbolicamente, no solstício de inverno (noite mais longa do ano) dia 25 de Dezembro, quando o Sol começa a “renascer”, ou seja, voltar a brilhar por mais tempo no Hemisfério Norte. Esse mesmo retorno do Sol coincide com a milenar comemoração do Chanuca pelos judeus, do festival Yalda pelos iranianos (Yalda deriva do significado de nascimento, e é comemorado desde os tempos da Caldéia e Babilónia), do festival romano da Saturnália, do Kračún dos antigos eslavos, e o Yule dos povos escandinavos e germânicos.

Já para a nossa civilização contemporânea, pouco importa a passagem do Sol. As estações do ano passam despercebidas, umas atrás das outras. Os dias não são nem mais longos, nem mais curtos durante o ano, pois nós acendemos a luz. Quando está frio, liga-se o aquecimento; e quando está quente, liga-se o ar condicionado. Ao contrário dos povos antigos, que durante o dia ficavam expostos ao sol e ao ar livre, nós vivemos isolados do Sol, entre quatro paredes - em casa, no trabalho, nos automóveis, autocarros, metro e comboios.

Até à época dos nossos bisavós - época em que não existiam antibióticos, transfusões de sangue e cirurgias - as propriedades curativas e preventivas do Sol eram reconhecidas por todos. Nos hospitais, os pacientes eram obrigados a tomar “banho de Sol” diariamente. Aqueles que não podiam andar, eram levados em cadeiras. E aqueles que não podiam sentar, eram levados com cama e tudo!

Nas últimas décadas, os médicos, os média e as instituições mais importantes na área da saúde têm advertido a população para se esconder do Sol. “O Sol envelhece”. “O Sol queima”. “O Sol provoca o cancro!”. Interessante observar que a incidência de melanoma, um cancro maligno de pele, vem aumentando continuamente, apesar da exposição cada vez menor ao Sol e uso cada vez maior de protectores solares pela população.

Um dos maiores protectores celulares, da pele e de todo o organismo, contra o câncer, é a vitamina D. E a vitamina D é fabricada na nossa pele a partir dos raios ultravioleta B do Sol! O Sol é a nossa principal fonte de vitamina D.

Os raios ultravioleta B - único comprimento de onda capaz de se transformar em Vitamina D - é bloqueado pelos protectores  solares. Vivemos mundialmente, um período trágico na saúde da população devido à má compreensão da natureza e da necessidade dos raios ultravioleta B e da Vitamina D.

A Vitamina D possui papel importante na prevenção de uma série de doenças, como por exemplo:

  • Enxaqueca
  • Insuficiência adrenal
  • Doença de Alzheimer
  • Alergias
  • Doenças autoimunes, como esclerose múltipla e artrite reumatóide
  • Cancro do cólon, mama, pele e próstata
  • Depressão
  • Diabetes
  • Hipertensão arterial e doenças cardiovasculares
  • Distúrbios de aprendizado e distúrbios do comportamento
  • Cáries dentárias, dentes “encavalados”
  • Obesidade, osteopenia, osteoporose
  • Psoríase

Pesquisas científicas indicam que a deficiência de vitamina D possui influência na causa de 17 tipos de cancro, além de doenças cardíacas, derrame, diabetes, tensão alta, depressão e dor crónica. Isso não significa que a única causa dessas doenças seja a deficiência da Vitamina D, nem que você estará totalmente a salvo de contraí-las se apresentar níveis normais de vitamina D. Significa apenas que as múltiplas influências da Vitamina D na saúde não podem mais ser desprezadas.

Um estudo de cientistas da Creighton University, nos EUA, duplo-cego, aleatório e controlado, em 1179 mulheres pós-menopausicas, conduzido por 4 anos e publicado no American Journal of Clinical Nutrition no qual as mulheres que tomaram 1100 U.I. (”Unidades Internacionais”) de Vitamina D3 tiveram incrivelmente menos 80% cancro que aquelas que não receberam esse nutriente. Este é um estudo em centenas…

Antigamente, o atractivo da praia era… a praia! Sim! A areia e o mar - e sol! Passava-se as férias de verão, sempre que possível, na praia literalmente.
Com o advento do filtro solar, o Sol passou a ser demonizado como nosso pior inimigo. A indústria farmacêutica passou a investir pesadamente na formação de opinião médica negativa com relação a toda e qualquer exposição ao Sol.

A propaganda anti-Sol atingiu o pico do absurdo nos Estados Unidos, com uma campanha anti-Sol da Sociedade Americana do Cancro de 2007, que foi considerada anti-científica e enganosa pela média séria. Além disso, evoca o medo ao declarar que o cancro de pele é a forma mais comum de cancro - mas não menciona que ele é responsável por apenas cerca de 2% das mortes por cancro, os quais são, na sua quase totalidade, provocados por apenas um tipo de cancro de pele, que é o melanoma, e não por outros tipos. Nossa pele precisa dos raios solares ultravioleta B para fabricar a vitamina D, importantíssima para nossa saúde e bem-estar. A actual campanha no sentido de evitar, indiscriminadamente, a exposição ao Sol, pode estar colaborando para o aparecimento de muitos tipos de cancro em diversos órgãos, para além de osteoporose, dor crónica e depressão, entre outras doenças.

Os raios ultravioleta B - necessários para o fabrico de vitamina D pela pele - aumentam em concentração conforme o ângulo de inclinação do Sol aumenta com relação ao horizonte. Portanto, quando o sol está a pino, a incidência de ultravioleta B é máxima! Conclusão: o sol do meio-dia é o mais apropriado para a fabricação de vitamina D pela nossa pele. Bem ao contrário das recomendações que tanto escutamos.

Mas, cuidado: Os raios ultravioleta B também podem queimar a pele e prejudicá-la. Tudo é uma questão de dose, e de sabedoria, tão deixada de lado nos dias de hoje. O Sol não poderia ser um exemplo melhor da aplicação prática desse símbolo e dessa arte: muito sol prejudica e pode até matar uma pessoa. Mas um pouco de exposição do corpo ao Sol, no período mais rico em raios ultravioleta B, pode nos fornecer esse tão desejado nutriente que é a vitamina D - e que infelizmente, encontra-se em níveis insuficientes numa parcela significativa das pessoas.

Se você possui pele clara, bastam 4 a 6 minutos de exposição ao Sol a pino, de corpo inteiro, diariamente, para manter seus níveis de vitamina D em níveis desejáveis. Para peles escuras, esse tempo pode aumentar.
A aplicação de filtro ou protetor solar bloqueia a passagem dos raios ultravioleta B, portanto impede a fabricação da vitamina D.

A presença de nuvens, ou mesmo névoa, encobrindo o Sol, é suficiente para bloquear os raios ultravioleta B e tornar esse tipo de Sol bem menos eficaz para a produção de vitamina D. Valorize os dias ensolarados de céu límpido como uma bênção para sua saúde! Evite lavar-se por 1 hora após haver tomado sua dose de Sol, para dar tempo à pele de fixar a vitamina D.

 

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