A DOENÇA CARDIOVASCULAR PODE SER CAUSA DE VERTIGEM
A doença cardíaca, e não os problemas do ouvido interno, podem ser a maior causa de vertigem nas pessoas mais velhas. Cerca de 30% dos adultos tem algumas sensações de vertigem. Estudos prévios culparam os problemas do labirinto (ouvido interno) pelas vertigens, condições essas conhecidas como distúrbios vestibulares. A maioria das pessoas recorre ao seu médico para relatar as queixas de vertigem, razão pela qual esta patolgia é mais difícil de ser estudada em meio hospitalar. No entanto, foram executados testes em 417 pessoas maiores que 65 anos que recorreram ao seu médico de família com queixas de vertigens com mais de duas semanas de evolução. Um Gerontologista, um médico de família e um médico de uma instituição de idosos reviram independentemente os testes efectuados e procuraram as causas em cada um dos pacientes com vertigens. Era contabilizada uma causa quando pelo menos dois dos médicos estavam de acordo.
Na maioria – 57% – dos casos, o painel incriminou as doenças como a causa major de vertigem. As causas oriundas do labirinto apareciam em segundo lugar, e as psiquiátricas em 10% dos casos. Os efeitos secundários provocados pelos medicamentos contribuíam com ¼ dos pacientes. Mais de 60% das pessoas estudadas foram encontradas duas ou mais causas para as vertigens, pelo que os médicos devem começar a considerar diferentes causas a interagir e a contribuir para este problema. Tal como devemos pensar, em face de uma disfunção eréctil, que se os vasos penianos estão estreitados os do coração não estarão melhores, também devemos seguir o mesmo tipo de raciocínio em relação aos vasos do ouvido interno. Para alem da causas devidas à alteração do metabolismo das gorduras, devemos pensar na inflamação crónica provocada pela exposição continuada aos tóxicos ambientais e nas lesões provocadas pelo que chamamos cálcio metastático. Isto é, deposição de cálcio nas artérias por insuficiência em vitamina D, e vitamina K2. De facto, a minha experiência clínica evidencia que há uma insuficiência generalizada em vitamina D, sendo que a população não está alertada para esta situação. Isto tem raízes na heliofobia vigente, sendo que os protugueses se expõem pouco ao sol, e quando o fazem estão besuntados de cremes com filtros solares os quais impedem a formação da vitamina D. Como comemos poucos vegetais há uma insuficiência em vitamina K – menaquiona – e o cálcio deposita-se facilmente nas artérias. Queiramos ou não, somos o que comemos!