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Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

26.03.10

COLESTEROL: ANJO OU DEMÓNIO?


Dr. Luís Romariz

É frequente ver doentes assustados com os valores do seu colesterol, especialmente quando estão a tomar estatinas (sinvastatina, crestor, zarator, etc.) e o malandro teima em não baixar. Segundo a "voz corrente" estamos em perigo  iminente de um ataque cardíaco, e há que fazer baixar o colesterol a bem ou a mal.

Como já referi várias vezes, o colesterol é um precioso constituinte do nosso corpo, faz parte das membranas celulares, da vitamina D, e da maioria das hormonas. Sem ele não podíamos existir. Então e o ataque cardíaco? E a trombose cerebral?

Todo o nosso entendimento acerca deste assunto assenta na teoria lipídica em que o colesterol foi associado à doença cardiovascular e à obesidade. Mas o grande estudo que teima em comandar toda a nossa nutrição moderna está profundamente falseado, e portanto errado.

Mas voltemos ao colesterol!

O colesterol total reflecte a soma de todos os tipos de colesterol; bons, maus e assim-assim. Desta forma nada nos diz. Pode estar muito alto e as fracções más estarem baixas, o que é bom. Pode estar muito baixo e as fracções más estarem altas, o que é muito mau. Basicamente há dois tipos de colesterol: o HDL ou bom colesterol - que retira o colesterol dos tecidos, nomeadamente das artérias, e o devolve ao figado impedindo assim a possivel formação de placa aterosclerótica - e o LDL que é levado do fígado aos tecidos, nomeadamente às arterias.

Mas neste tipo de colesterol apenas é perigoso o padrão B em que as partículas são pequenas e densas. Estas é que são aterogénicas. Ora é precisamente sobre estas que as estatinas não actuam. Irónico, não é? Nestas actuam os derivados da niacina ou vitamina B3.

Então o que fazer? Em primeiro lugar, é preciso sabermos como se formam estas partículas maléficas. Elas são derivadas do metabolismo do açúcar (pão, massa, batata, etc.) mais propriamente do açúcar de mesa ou sacarose, e particularmente da frutose (refrigerantes, sumos de fruta natural, etc.). Então agora já ficamos a saber o que fazer. A escolha é de cada um de nós, bem como a respectiva saúde. E então o colesterol HDL, o tal que é bom? Este pode aparecer sob a forma de duas fracções, uma boa e outra mais ou menos. É assim como se numa esquadra de polícia tivéssemos muitos agentes, mas uma parte fosse corrupta. Quantidade não é qualidade.

Em suma, e para deixarem de ficar assustados, calcule o quociente entre os triglicéridos e o HDL. Se for cerca de 1, agradeça aos Deuses. Se estiver compreendido entre 1 e 2, agradeça aos Anjos. Se for maior do que 3, não culpe o Diabo, culpe-se a si mesma...

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