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O que acha se eu lhe disser que diariamente, 25% das calorias que ingere são provenientes de um veneno, disfarçado de alimento? E se você descobrir que esse impostor é o responsável pela sua resistência à acção da insulina e pelo seu aumento de peso? E Hipertensão Arterial … e colesterol-LDL e triglicéridos elevados … e depleção de vitaminas e minerais! E até gota, doença cardiovascular e hepática – fígado gordo. E se souber que esta substância tóxica tem sido descarregada na sua alimentação em quantidades crescentes nestes últimos anos, com o conhecimento das agências governamentais? Fica perturbada?
Quem me dera poder dizer-lhe que isto era uma ficção e que eu estava a brincar, mas infelizmente esta é a dura realidade. A substância em questão, responsável por muitas das doenças crónicas de que padecemos, é o açúcar – mais especificamente a frutose. Vejamos como.
Estamos a ingerir mais calorias do que há 25 anos. Em média, os homens consomem mais 187 calorias diariamente, e as mulheres mais 335 calorias. Pessoas que nunca tiveram excesso de peso são agora obesas. Caminhamos para uma população XXL. Mas porquê? A ciência moderna demonstrou que a epidemia de obesidade não se deve apenas à falta de força de vontade, mas também a um fenómeno derivado de alterações bioquímicas que desregulam a maneira como o nosso organismo regula a energia. Algo causou uma inoperância nos sistemas reguladores do apetite. A leptina, a hormona responsável pela saciedade, não está a “funcionar”. Não é apenas uma questão de ingestão e gasto de calorias. As crianças com seis meses de idade são as ultimas vitimas desta epidemia – pelo que a dieta e o exercício não conseguem explicar isto. Então o que estamos a comer que não ingeríamos há 30 anos atrás? Estamos a ingerir essas calorias extra sob a forma de hidratos de carbono de elevado índice glicémico. Particularmente sob a forma de refrigerantes (a1%) e sumos adoçados (35%). Os altos teores em frutose (xarope de milho) fazem com que o pâncreas segregue enormes quantidades de insulina, a destempo.
Se obtiver a frutose através dos vegetais e dos frutos como era há um século atrás, consumirá cerca de 15 gramas por dia – muito aquém dos 73 gramas do adolescente típico. Nos vegetais e frutos a frutose está misturada com a fibra, vitaminas, minerais, enzimas, e fitonutrientes, que moderam o efeito potencialmente negativo deste açúcar. Não é que a frutose seja má – é-o em doses maciças. Vou tentar explicar parte do metabolismo dos açúcares, para que qualquer pessoa possa entender. Vai ser mais difícil para mim do que para vocês!
Glicose: é o combustível básico dos seres vivos, desde as bactérias aos humanos, e é a fonte energética primária do nosso cérebro. Encontra-se nos hidratos de carbono como o açúcar, a batata, o arroz, a massa e o pão. Uma vez que ingere um hidrato de carbono este é transformado pelo processo digestivo em glicose, da qual parte vai para energia ou reservas no fígado (glicogénio) e o eventual excesso é transformado em gordura – triglicéridos – e armazenado. A insulina (hormona do armazenamento é produzida pelo pâncreas e tem como finalidade promover a entrada de glicose nas células e armazenar o excedente. A quantidade desta produção está dependente da carga glicémica que é o produto da velocidade de transferência da glicose do alimento (índice glicémico) pela quantidade de HC. Quanto mais comermos ou maior for a velocidade de transferência, mais insulina produziremos. Quanta mais produzirmos mais engordamos, mais oxidamos o colesterol e mais placa arterial formaremos. A outra face da glicose é que pode produzir os AGE’s ou produtos avançados da glicação. Esta, a glicação, é a caramelização da glicose com as proteínas das nossas células tornando estas difuncionais. Este fenómeno acontece por duas razões: porque temos excesso de glicose intracelular e porque ela permanece lá o tempo suficiente para formar caramelo. Ou seja, não fazemos exercício portanto não gastamos glicose. Assim aumentamos a nossa taxa de envelhecimento, teremos doenças degenerativas e morremos precocemente. Fructose: quando ingerimos frutose 100% desta vai para o fígado onde é metabolizada, razão pela qual a considero uma hepatotoxina pois sobrecarrega o fígado. A frutose cria alguns efeitos adversos:
· É convertida em frutose-1-fosfato, depletando as células hepáticas de fosfatos.
· Este processo produz desperdícios na forma de ácido úrico, o qual bloqueia uma enzima que ajuda a fabricar o óxido nítrico. Este é vasodilatador pelo que tem efeitos positivos na tensão arterial, nas coronárias, e nas artérias do pénis.
· A maioria desta frutose-1-fosfato é transformada em citrato resultando uma lipogénese – produção de nova gordura. Aumenta desta forma o colesterol e os triglicéridos. Parte dos ácidos gordos dos TG são exportados para o músculo onde causam resistência à insulina, o que faz aumentar a produção de insulina, o que faz …… entrando assim num círculo vicioso. A eventual ingestão de álcool, nesta fase, só piora esta situação.
Então como parar esta situação?
Abolir completamente a ingestão de refrigerantes, não se esqueça dos seus filhos, doces e bolos. Dar preferência aos alimentos com HC de baixo índice glicémico como os legumes, fruta, aveia e quinoa evitando o pão, a batata, os cereais de pequeno-almoço que são uma autentica injecção de glicose, a massa e o arroz (a variedade Basmati tem um índice melhor).
Ingerir quantidade suficiente de proteína para, entre outros benefícios, estabilizar a glicose e a insulina. Fazer exercício regularmente, e caminhar depois de uma refeição abundante.