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Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

09.01.12

HIPOTIROIDISMO TIPO 2


Dr. Luís Romariz

Janeiro é o mês da tiróide, portanto é bom podermos discutir a sua patologia e o impacto das doenças da tiróide sobre a nossa saúde. Mas afinal o que é a tiróide? É uma glândula em forma de borboleta, que se situa na face anterior do pescoço e que regula o nosso metabolismo. É causa frequente de ganho de peso, fibromialgia e outras maleitas, passando frequentemente sem diagnóstico preciso. Embora raro o hipertiroidismo, que aumenta o metabolismo, acaba normalmente em hipotiroidismo. Este que é muito mais frequente, causa alguma letargia, ganho de peso, aumento do “mau” colesterol, doença cardíaca, fibromialgia e alterações ginecológicas, bem como algum graus de impotência. O hipotiroidismo classicamente depende de um ataque auto-imune que vai destruindo a tiróide aos poucos e por surtos. O seu diagnóstico é validado através do doseamento sérico da TSH. Mas há um outro tipo de hipotiroidismo – tipo 2 – que é desconhecido da maioria dos médicos e que tem a ver com a resistência à acção da hormona nos tecidos onde é suposto actuar (tal como a diabetes tipo 2 diverge da tipo 1). De facto, diversas patologias como o stress, a dieta desequilibrada, doenças crónicas, e os tóxicos ambientais fazem com que haja uma resistência celular à conversão de T4 em T3 (a forma activa da hormona) e uma ocupação dos receptores das células por uma forma diferente da hormona – a reverse T3 – tornando os doentes em alvo fácil das manifestações do hipotiroidismo e pior do que tudo sem terem um diagnóstico preciso. E não adianta dizer que a TSH está dentro dos limites da normalidade pois no hipotiroidismo tipo 2 a TSH está sempre dentro desses limites. Quer o tipo 1, quer o tipo 2 são frequentemente subestimados, andando os doentes muitos anos sem serem devidamente diagnosticados e portanto sem o devido tratamento. Para além do diagnóstico eminentemente clínico – desde sempre se diagnosticou e bem o hipotiroidismo com base em critérios clínicos – os doseamentos das hormonas tiroideas (rT3 incluída), do complexo vitamínico B, do selénio e zinco, do ferro e ferritina, bem como a medição do tempo dos reflexos (nomeadamente o Aquiliano) podem ser muito úteis no diagnostico diferencial entre os dois tipos de hipotiroidismo. Muitas vezes só após uma vida de sofrimento é que os doentes obtêm a devida cura para os seus males. Portanto se sofre de diabetes, depressão, aumento das gorduras no sangue, fadiga crónica, fibromialgia, Alzheimer, Parkinson, enxaqueca, stress, ansiedade ou excesso de peso considere consultar um médico que possa descartar o hipotiroidismo como causa subadjacente.

2 comentários

  • Em princípio o hipotiroidismo tipo 2 acontece quando aferritina ou/e o ferro estão baixos, bem como a B12.
    Mas não há nadfa como fazer as análises: TSH, T3 e T4 livres, TPO, anticorpos anti-tiroide e rT3.
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