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Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

26.07.12

INSUFICIENCIA RENAL CRÓNICA


Dr. Luís Romariz

A insuficiência renal crónica (IRC) está a tomar rapidamente proporções epidémicas. Os rins têm de filtrar uma quantidade astronómica de sangue, cerca de 190 litros todos os dias. As toxinas ambientais e a elevada pressão sobre os rins tornam estes delicados órgãos especialmente vulneráveis à lesão glomerular (a unidade funcional do rim) e por conseguinte, à doença. A hipertensão arterial, a hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue), os anti-inflamatórios, nomeadamente o acetaminofeno, mas também o Brufen, outras terapias farmacológicas e tóxicos ambientais como o alumínio e o mercúrio, são os mais vulgares ofensores renais. Estas substâncias induzem stress oxidativo, produção de AGE’s (produtos avançados da glicação) e ALE’s (produtos da oxidação das gorduras), inflamação e uma sobrecarga no glomérulo a qual deteriora a função renal com o passar do tempo. Nutrientes como a P5P (uma forma de vitamina B) combatem a formação de AGE’s e ALE’s, Q10, silimarina, resveratrol e ácido lipoico exercem potentes intervenções de suporte glomerular. Os ómega-3 combatem a inflamação e o ácido fólico, e as vitaminas C e E ajudam a preservar a função renal. Por outro lado, os estudos apontam para que as pessoas que têm níveis séricos de vitamina D maiores do que 43 ng/ml apresentam menor doença cardiovascular e menor lesão renal.

24.07.12

FAÇA AMOR!


Dr. Luís Romariz

A actividade sexual frequente não só melhora o humor, como ajuda a controlar o peso, a tensão arterial e até a depressão. A questão está em saber o que se considera frequente? Isso fica a cargo dos casais decidir e concordar. Uma vez de acordo são só benefícios! A frequência mais comum é duas vezes por semana. Isto ajuda a aliviar o stress e a libertar hormonas benéficas para a saúde do corpo e da mente. Dois artigos publicados na revista Biological

Psychology relatam que as pessoas que têm uma atividade sexual frequente gerem melhor as situações stressantes do que os que raramente têm sexo. É evidente uma diminuição na tensão arterial de ambos os parceiros. Tambem há um aumento das imunoglobulinas  (IgA) que combatem os resfriados.Não gosta de ginásio? Certo, já adivinhou, 30 minutos de bom sexo queimam 150 kcal. Melhora a cognição (memória, pensamento, etc) e diminui as rugas por aumentar o fluxo sanguíneo. Se isto não chegar como motivação, então aí vão mais benefícios: o aumento na produção de testosterona e de estradiol, diminui a incidência de doença cardiovascular e melhora a densidade dos ossos. O sono normaliza e aumenta a longevidade. De que está à espera?

24.07.12

PLANTE VOCÊ MESMO


Dr. Luís Romariz

Com a crescente utilização de pesticidas, fungicidas e outros tóxicos usados na agricultura intensiva, não admira que muita gente adira à auto-produção. Um pequeno espaço de terreno ou até uns vasos servem para cultivar algumas espécies em natureza. Se nunca plantou nada, então está na altura de começar. Peça explicações num horto e cultive ervas aromáticas, tomates miniatura, mirtilos, physalis e outras. Tente as seguintes ervas:

  • Alecrim. Contem numerosos antioxidantes que atuam na prevenção do envelhecimento da pele e na neutralização dos radicais livres.
  • Orégãos. Também são ricos em antioxidantes – 42 vezes mais do que as maçãs, e 4 vezes mais do que os mirtilos.
  • Salsa. Embora usada para decorar pratos, a salsa deve ser ingerida. Rica em vitamina A, C e K.
  • Cebolinho. Pertence à família das cebolas e do alho. Contem poderosos antioxidantes, nomeadamente a quercetina. A ingestão durante uma semana faz aumentar o consumo de oxigénio, melhorando a fadiga e o tempo de recuperação face ao exercício.
  • Timo. Possui o antioxidante timolol o qual protege as gorduras das membranas celulares da agressão dos radicais livres.
21.07.12

SUPERFRUTA: MIRTILOS


Dr. Luís Romariz

Até há pouco tempo a maioria dos artigos cientificos sobre os mirtilos tinha como alvo os seus benefícios cognitivos, bem como os poderosos efeitos antioxidantes. Actualmente, sabemos que estes frutos atrasam o envelhecimento e promovem a longevidade. Adicionalmente, os mirtilos demonstraram capacidade para combater as lesões no ADN, e os eventos cardiovasculares, entre outros. Novos estudos acerca dos mirtilos revelam que esta superfruta é capaz de regular os genes do trato digestivo responsáveis pelo impacto favorável sobre o colesterol. Os mirtilos também têm a capacidade de regular a produção hepática da enzima HMG-CoA redutase a qual é responsável pela produção de colesterol (lipoproteínas). É sobre esta enzima que atuam as estatinas (medicamentos para o colesterol), embora estes fármacos tenham efeitos secundários gravíssimos. Ricos em antocianinas e pterostibenos, os mirtilos são um componente fulcral de qualquer programa anti-envelhecimento que se preze. Os estudos inter-espécies demonstram inequivocamente a capacidade rejuvenescedora dos mirtilos e dos seus extratos, nomeadamente:

  • Melhoria da qualidade da resposta sonora ao nível auditivo
  • Melhoria da qualidade da pele
  • Melhoria da qualidade da visão, com aumento da sobrevivencia celular face à agressão pela luz
  • Melhoria da formação óssea, nomeadamente na menopausa

Os extratos de mirtilo têm acção benefica sobre a tensão arterial, e os flavonoides deste fruto têm a capacidade de melhorar o s. metabólico, os eventos cardiovasculares, os AVC’s, e o risco de cancro.

19.07.12

Cara Carla


Dr. Luís Romariz

Li atenta e interessadamente o seu mail. Coimo deve calcular preciso de ver a nálises e exames, antes do mais. As suas queixas são muitas e vamos tentar perceber o que se passa e quais as medicações que faz ou já fez.
Envie tudo o que tem, digitalizado e vamos conversando. Já agora, onde mora?

Atentamente
Luis Romariz

19.07.12

ARTROSE, ESSA (DES)CONHECIDA!


Dr. Luís Romariz

Por volta dos sessenta e cinco anos, cerca de 80% das pessoas apresentam evidência imagiológica de osteoatrose. A maioria dos médicos considera a artrite como uma doença inflamatória, e a artrose como uma patologia única e exclusivamente de desgaste, pensando que não há cura em ambos os casos. No entanto, na osteoartrose há uma exposição inicial de fibras de colagénio das cartilagens articulares – as estruturas programadas para a absorção dos choques -  ao meio ambiente articular. Isto é o suficiente para criar uma destruição do colagénio tipo II, por activação do sistema imune. Esta é uma activação complexa que termina com a destruição da cartilagem, expondo as superfícies ósseas uma à outra. Claro que o desgaste conta para essa exposição do colagénio, e é razão para o maior aparecimento desta patologia nas articulações mais sacrificadas – quer pelo excesso de peso, quer por impactos crónicos – e nas pessoas com maior actividade específica. Mas nem oito, nem oitenta!

O sedentarismo articular, por sua vez, inibe a activação dos mecanismos de recuperação articular face ao mínimo desgaste. Portanto, tem sido assumido que a artrose é inevitável e incurável! O tratamento ideal deveria consistir na reeducação do sistema imune face ao nosso próprio colagenio, prevenindo uma reacção imune exagerada e fatal. Vários estudos mostram que a suplementação com colagénio tem um impacto extraordinariamente positivo na resolução desta doença. Mais recentemente, a administração oral de um complexo à base de colagénio desnaturado de galinha provou ser eficaz nesta patologia, actuando de uma forma análoga às vacinas para as alergias. A terapia clássica com glucosamina e com condroitina (Optimus) fornece as matérias-primas para a formação de colagénio, pelo que ainda assim apresenta bons resultados. Resumindo, a investigação recente, mostra que a erosão da cartilagem articular causada pelo desgaste do envelhecimento é o factor precipitante da artrose, mas em seguida são postas em marcha forças poderosas que iniciam uma cascata de lesões, a qual culmina com a destruição da arquitectura articular e óssea. Até agora, para além dos AINE’s (anti inflamatórios) e das injecções intra-articulares de ácido hialurónico (que promove a formação de colagénio) pouco mais havia a fazer. Agora, surge uma luz ao fundo do túnel com a terapia baseada na suplementação com colagénio tipo II desnaturado, o qual funciona como uma vacina anti-alérgica.

17.07.12

...


Dr. Luís Romariz

Boa tarde Dr. Luis Romariz.

 

Tenho 41 anos e acho que estou a entrar na pré-menopausa: súbitos calores, amenorreia, mudanças súbitas de humor, noites em claro, enfim...

 

Gostaria que se possível me facultasse informação sobre hormonas bioidenticas.(Vi um programa do Dr. Phil sobre essa questão, onde a esposa usa essas ditas hormonas progesterona e testosterona em dosagem diferente obviamente e numa espécie de stick que ela aplicada cada uma das hormonas em cada braço, confesso que realmente este tipo seria o ideal para mim em vez que penses oral ou injectável.

 

Visto este tipo de hormonas não estar disponível ainda em Portugal (segundo tenho conhecimento), gostaria de saber que tipo de exames seriam necessários eu fazer para saber qual a dosagem correcta para o meu caso específico e se eventualmente este tipo de medicação tem valor elevado e quem faz este típo de medicação visto não estar patenteado.

 

Sendo eu da zona de Oliveira do Bairro quem me poderia encaminhar para eu ser seguida neste aspecto com alguém perto da minha localidade, ou o Dr. mesmo à distância pode encaminhar-me?

 

E quem fará este tipo de medicamento?

 

Desde já agradeço a resposta a todas estas questões.

 

Atentamente,

??????. Gonçalves

 

Cara leitora, aparentemente esses seus sintomas estão relacionados com o climatério. Hormonas são mensageiros bioquímicos que dão instruções aos nossos órgãos sobre a sua forma de funcionamento, tal como os programas de computador dão instrução ao hardware. Se as instruções estiverem apagadas ou forem piratas, nada vai funcionar como deve ser. Inclusivamente podem ocorrer avarias irremediáveis! As únicas hormonas admissíveis são as bioidênticas ou humanas, isto é, o nosso corpo não consegue fazer a distinção entre se foram produzidas internamente ou fornecidas a partir do exterior. A melhor maneira de as substitui é através da pele - normalmente em creme ou gel. A dosagem tem de ser personalizada e sob supervisão médica. Depois de avaliar os dados da consulta e das análises será mandado fazer um manipulado adequado. Entendo a sua dificuldade na consulta e quero dizer-lhe que sempre que for viável estou à disposição das minhas leitoras. Como tal e dado morar perto do meu local de trabalho estatal poderei consulta-la lá, onde só pagará a taxa.

16.07.12

ALZHEIMER, AUTISMO & MERCÚRIO


Dr. Luís Romariz

Embora o autismo e a doença de Alzheimer aflijam diferentes grupos etários, ambos têm em comum o mercúrio. O Dr. Bouyd Haley professor da cadeira de química da Universidade do Kentucky e o Dr. Bernard Rimland fundador do Instituto de Investigação do Autismo apresentaram evidência científica da associação entre o mercúrio e estas doenças. Este metal pesado é altamente venenoso e facilmente vaporizável, pelo se que escapa continuamente para a atmosfera. Dantes era usado em combinação com tinta, com a amálgama dentária, no fabrico de chapéus, como fungicida ou anti-séptico (mertiolato), sendo actualmente encontrado nas amálgamas dentárias, nas vacinas e no pescado. O mercúrio elementar contido nas amálgamas dentárias é inalado e 80% absorvido pelos pulmões e retido no nosso corpo. Os fabricantes de vacinas adicionam timerosal às vacinas para prevenirem a contaminação bacteriana. Esta forma de mercúrio é rapidamente absorvida pelo cérebro e coração. O autismo foi descoberto em crianças americanas doze anos após se começar a adicionar timerosal às vacinas da tosse convulsa, deixando em aberto uma forte suspeita sobre a associação desta doença e do mercúrio. As revistas médicas reclamam a segurança do timerosal, mas a maioria destes artigos é escrita por investigadores que figuram na folha de pagamentos dos fabricantes de vacinas! O mercúrio contido nas vacinas da gripe também pode ter um papel na doença de Alzheimer, pois descobriu-se que as pessoas vacinadas anualmente durante 3 a 5 anos tinham dez vezes mais probabilidades de desenvolverem Alzheimer do que as que não tinham recebido a vacinação.

15.07.12

COMA MENOS, TREINE MAIS


Dr. Luís Romariz

Invariavelmente, esta é a resposta para quem tem problemas de excesso de peso ou diabetes. Esta sentença impõe imediata e irremediavelmente um ónus sobre os pacientes: culpa sua! Ingerindo menos calorias e queimando mais, ao abrigo das leis da termodinâmica, conduzirá ao emagrecimento e à normalização glicémica. Parece lógico e inquestionável! Mas o problema é que as calorias não são todas iguais. Uma caloria é por definição a quantidade de energia necessária para fazer subir em um grau centígrado, um grama de água. Ora o nosso organismo não se comporta como um calorímetro, caso contrário arderíamos numa explosão de energia. E os diferentes macronutrientes (proteínas, ácidos gordos e hidratos de carbono) comportam-se de diferentes formas e despoletam diferentes respostas fisiológicas e bioquímicas. A restrição calórica que nos leva à saúde e à longevidade, através da activação de genes específicos, só é viável se for nutricionalmente correcta. Quando desequilibrada conduz à doença e à morte precoce. Mais, as respostas fisiológicas adaptativas à restrição alimentar com a conversão da hormona da tiróide na sua variante reversa podem inclusivamente fazer ganhar peso quem esteja a fazer dieta de emagrecimento. Há apenas uma força endócrina que nos faz acumular gordura para os tempos de vacas magras – insulina. Sempre que exageramos no consumo de frutose e de HC despoletamos uma resposta endócrina e bioquímica de transformação do excesso destes em gordura com o seu consequente armazenamento nas vísceras e no interior das artérias. A cronicidade da resposta insulínica em alta desequilibra a hormona leptina – produzida pelas células de gordura (os adipócitos) e que sinaliza ao cérebro a necessidade de comer menos e gastar mais – e abre a porta à obesidade e diabetes 2. Apenas a restrição calórica nutricionalmente validada permite quebrar este ciclo de excesso de peso e diabetes. A resposta fisiológica à ingestão proteica é completamente díspar da que ocorre em relação à ingestão de HC, pese embora o facto de em termos de caloiras serem praticamente iguais (4 Kcal por grama). Enquanto os HC põe em jogo forças de armazenamento, a ingestão proteica gasta cerca de 30% da sua energia para a digestão e integração das proteínas, não tendo impacto na produção de insulina, antes pelo contrário. A dieta de emagrecimento é algo que tem de ser consistente, adaptado e validado. A demanda sazonal por resultados mais ou menos imediatos para mostrar o corpo na praia tem normalmente como consequência uma degeneração corporal nomeadamente à custa da massa proteica. E a pele é composta maioritariamente por proteína …

15.07.12

HOJE, JÁ FEZ A SUA VITAMINA D?


Dr. Luís Romariz

Há treze vitaminas necessárias ao desenvolvimento e crescimento humano e à manutenção de uma boa saúde. Como deriva da própria definição elas não podem ser fabricadas no nosso organismo, devendo ser fornecidas pela alimentação ou pelas bactérias intestinais amigáveis, excepto a vitamina D que é fabricada a partir da transformação do colesterol pelos raios solares UVB. Quando nos expomos ao sol – durante 20 minutos nus e sem protector solar – fabricamos cerca de 20.000 UI desta vitamina. Isto é válido para regiões subtropicais e para peles normais, tendo que se aumentar ou diminuir ao tempo de exposição consoante o tom de pele e a latitude. A vitamina D é a única vitamina que se comporta como uma hormona – 1,25-2OH colecalciferol – sendo a sua versão final, activada, produzida ao nível renal. É esta que se liga aos receptores no núcleo das nossas células e que controla a expressão de mais de 200 genes. Para lá dos efeitos conhecidos sobre o metabolismo fosfocálcico, a vitamina D activa os genes que controlam o crescimento e diferenciação celulares bem como a morte celular programada (apoptose); expressa mediadores da imunidade e liberta neurotransmissores (por exemplo a serotonina) que influenciam o estado mental. Os testes sanguíneos de vitamina D medem a versão não activada, ou seja, o 25-OH colecalciferol e é assim que deve ser medida. As deficiências graves de algumas vitaminas causam doenças específicas como o beribéri (falta de B1), pelagra (B3), anemia perniciosa (B12), e escorbuto (vitamina C). A deficiência em iodo conduz ao bócio, atraso mental, e cretinismo quando severa. O raquitismo, um amolecimento ósseo nas crianças, descrito pela primeira vez em 1651, é outra insuficiência nutricional específica, que atingiu proporções epidémicas durante a revolução industrial. Aí demonstrou-se a necessidade da exposição solar, a qual foi aparentemente esquecida. Também se decobriu que o óleo de fígado de bacalhau podia prevenir o raquitismo, tendo-se apelidado o factor nutricional envolvido de vitamina D. Esta classificação não deixa revelar o real carácter dete nutriente que é na realidade uma hormona. A insuficiência em D pode despoletar infecções (gripe e tuberculose), esclerose múltipla, diabetes tipo 1, artrite reumatóide e doença inflamatória intestinal, bem como doença cardiovascular e cancro. A literatura médica começou a publicar desde 2007 cada vez mais artigos científicos sobre a insuficiência D, graças ao pioneirismo de M. Hollick. Actualmente sabemos que níveis elevados de vitamina D minimizam quase a zero o risco de cancro da mama, do cólon e da próstata. De facto, a hormona D tem duas acções celulares bem conhecidas: controlo do crescimento e promoção da diferenciação celulares. Sempre que as nossas células se desviam das suas progenitoras estamos perante células potencialmente cancerosas, e tanto pior e mais agressivas quanto mais se distanciam desse padrão normal. Ora, controlando isto e o crescimento anormal, poder-se-á controlar a cancerigenação. A hormona D também controla a inflamação que promove a aterosclerose e portanto a doença cardiovascular. A vitamina D também regula o potencial destrutivo das células T assassinas, refreando as doenças auto-imunes. A humanidade evoluiu na África equatorial onde a radiação solar é intensa, proporcionando fotões UVB capazes de fazer sintetizar vitamina D. Os nossos ancestrais absorviam muito mais radiação do que nós absorvemos actualmente. Uma mutação ocorrida há cerca de 50.000 anos é a responsável pelo aparecimento da pele branca, a qual contendo menos melanina proporciona a passagem de radiação solar em latitudes mais afastadas do equador, permitindo aos humanos viverem nas regiões nórdicas. Actualmente, a maioria da população vive acima do paralelo 35 (35º Norte) ficando incapaz de produzir hormona D durante quase metade do ano. Para piorar o panorama, as autoridades de saúde, lideradas pela Academia Americana de Dermatologia encetaram uma luta contra o sol por pensarem poder evitar o aparecimento de melanoma (cancro da pele).As quantidades de vitamina D presentes na nossa alimentação são diminutas, pelo que se torna imperiosa a suplementação Invernal. A maioria dos polivitamínicos e fármacos contra a osteoporose contêm de 400 a 800 UI de vitamina D, o que é manifestamente insuficiente. Na ausência de um teste sanguíneo de 25 OH colecalciferol, parece-me ajuizada a suplementação com 2.000 UI diárias de vitamina D. Desde há uns anos que prescrevo o doseamento de vitamina D aos meus pacientes, e conto pelos dedos de uma mão os que têm suficiência D.Trata-se de uma epidemia global, que agrava outra – a obesidade. As preocupações sobre a toxicidade vitamínica D são curiosas; é algo de que se fala mas que nunca ninguém viu! Ainda assim, basta medir o cálcio no sangue e ir controlando pois este será o primeiro sinal de intoxicação D. O crescimento dos cancros da pele nos últimos 25 anos acompanha o crescimento no uso de protectores solares que bloqueiam os raios UVB. Ora nós temos duas certezas: uma é que a radiação UVB protege de cancro e que a UVA é fortemente cancerígena; a outra é que o negócio dos cremes e protectores solares é milionário …

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