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Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

Dr. Luís Romariz

Aumento da longevidade e rejuvenescimento

30.06.08

GORDURA ABDOMINAL E APETITE


Dr. Luís Romariz

 

A Gordura Abdominal Produz Hormona do Apetite
Sabíamos que era difícil perder a gordura abdominal, e que esta era um factor de doença, mas a pesquisa mais recente sugere que o quadro pode ser ainda pior pois esta gordura é capaz de produzir o neuropeptido Y  NPYo qual é um potente estimulador do apetite 
Num estudo, os pesquisadores descobriram que as células de gordura intra-abdominal produziam uma hormona chamada NPY, estimuladora do apetite e que se pensava que só era produzida pelo cérebro.  
Assim, este excesso de NPY estimula a produção de percursores das células gordas criando um ciclo vicioso.

NPY é a hormona do apetite com maior potência; no entanto ela é inibida pela insulina. Mas se houver insulinoresistência ¾ característica da diabetes tipo II ¾ esta inibição é reduzida, expressando-se a acção do NPY. A chave para quebrar a insulinoresistência está na dieta NewAge.

28.06.08

"Alergia ao Sol"


Dr. Luís Romariz

Cara leitora

O caso que me descreveu, em relação ao seu marido, não é incomum. Há pessoas com sensibilidade aumentada em relação à exposição solar

Talvez possa utilizar uma suplementação de óleo de salmão a 1 grama, duas vezes ao dia,  mais 100 mg de aspirina, e tentar alguns minutos de exposição solar até às 11 horas, após 5 dias de iniciar a medicação. O gel de aloé vera também poderá ajudar um pouco.

28.06.08

ÓLEO de PEIXE e DIABETES


Dr. Luís Romariz

 

Um estudo piloto investigou os efeitos dos suplementos de óleo de peixe, e descobriu que pode haver efeitos benéficos na resistência à insulina, característica dos diabéticos tipo II.  
Os derivados do oleo de peixe — GHA e EPA— têm sido alvo de pesquisa devido ao seu papel na saúde cardiovascular.
Contudo, cientistas da Universidade de Surrey notaram que os efeitos destes óleos na sensibilidade à insulina são muito menos conhecidos A insulinoresistência, aumenta o risco de diabetes levando à superprodução de insulina e ao esgotamento do pâncreas. Um dos maiores contributos é dado pela obesidade, a qual está fortemente relacionada com a doença cardíaca.
O estudo piloto incluiu pessoas com indice de massa corporal de 25 ou maior, um perímetro abdominal de 94 cm para os homens e 78.7 cm para as mulheres, que relataram uma ingestão de 2 doses de oleo de peixe semanalmente, mas sem a toma de suplementos.
Posteriormente foram introduzidos os suplementos na forma de 440mg de DHA e 660mg de EPA.
Foram medidas as concentrações de insulina e glucose usando um teste de tolerância à glicose. Encontraram uma diminuição da sensibilidade à insulina através de uma redução da resposta glicémica, e uma diminuição nos triglicéridos e colesterol total. Houve também uma redução significativa na tensão arterial (diastólica).

A ingestão de óleo de peixe torna as membranas celulares mais flexíveis, permitindo uma melhoria no desempenho dos receptores da glicose, com a consequente melhoria da diabetes.

28.06.08

CAFÉ vs LONGEVIDADE


Dr. Luís Romariz

 

Beba café, Viva mais
Vá em frente e tome uma chávena de café. Um novo estudo mostra que beber quantidades apreciáveis de café durante um longo período ajuda a viver mais tempo.
Beber até 6 chávenas diárias não só não conduz a morte prematura, como aumenta a longevidade, Segundo um estudo publicado pela Universidade de Madrid.
"O nosso estudo indica que o consumo de café não tem um efeito maléfico," diz o cientista chefe Esther Lopez-Garcia.
Ela seguiu 84 214 homens desde 1986 a 2004 afim de observar quais os efeitos da ingestão farta de café. Ela descobriu que havia "alguns efeitos benéficos" tais como um menor risco de doença cardíaca, cancro e outras doenças. O estudo sugere que os antioxidantes contidos no café possam ter um papel importante neste desfecho.
18.06.08

HOMOCISTEÍNA


Dr. Luís Romariz

 

HOMOCISTEÍNA: PIOR DO QUE O COLESTEROL
A doença coronária obstrutiva (enfarto do miocárdio) é um grande pesadelo para a humanidade. Nos países desenvolvidos, assim como em Portugal, é a principal causa de mortalidade.
Estima-se que, somente neste ano, 900.000 americanos e 6.000 portuguesess terão suas vidas ceifadas por esta doença.
Muito mais importantes do que a herança genética, os verdadeiros inimigos do coração estão ligados aos nossos estilos de vida: fumo, sedentarismo, obesidade, stress, hipertensão, os erros alimentares e a deficiência hormonal que, em última análise, levam à hipercolesterolemia (aumento do colesterol no sangue).
O aumento do colesterol, principalmente a fracção LDL (o mau colesterol), abre caminho para a arteriosclerose, que, por sua vez, obstrui as artérias do coração e causa o enfarto, numa verdadeira reacção em cascata.
Colesterol elevado, passou então, a ser o inimigo público número um. Paradoxalmente, ninguém se questiona que sem colesterol morremos, e portanto o colesterol não pode ser o culpado.
Um facto muito importante intrigava, porém, os pesquisadores mais curiosos: se é realmente o grande vilão, como explicar a ocorrência de enfartos em pessoas com colesterol absolutamente normal?
Como explicar o enfarto em adultos cada vez mais jovens, que, igualmente, não apresentam qualquer anormalidade no seu colesterol, e adoptam estilos de vida aparentemente saudáveis?

Um dos elos desta cadeia de eventos, parece ter sido encontrado.
Surgindo no nosso organismo como um produto do metabolismo da metionina, a homocisteína é um aminoácido natural, de existência efémera, que se converte em outro aminoácido chamado cistationa. Se esta rota for correctamente seguida, não há qualquer prejuízo para a nossa saúde. O grande segredo, porém, é que para este processo ocorrer, são necessários co-factores naturais que regulam essas reacções: vitaminas B6 e B12, betaína e ácido fólico. Aí é que começam nossos problemas.
Devido a uma má nutrição — especialmente nos idosos—, ao esgotamento do solo, industrialização excessiva dos alimentos e baixa concentração desses elementos na dieta, um número incontável de pessoas apresenta deficiência dessas substâncias.
Diante dessas deficiências, nosso organismo passa a acumular homocisteína, e essa substância é hoje considerada um dos indutores da oxidação do colesterol.
É a homocisteína um dos factores que induzem e modulam as lesões vasculares que levam ao enfarto.
Ainda pior: a homocisteína acelera a oxidação do LDL colesterol ( o “mau colesterol”), aumentando ainda mais a lesão vascular.

Explicando mais claramente: se o colesterol é normal, porém as concentrações de homocisteína no seu sangue estão elevadas, a lesão cardíaca ocorre mais rapidamente do que se seu colesterol estiver elevado e sua homocisteína normal!
Na verdade, a homocisteína elevada no sangue, é considerada, actualmente, nos países que praticam uma medicina de ponta, um factor de risco para doenças cardíacas, muitas vezes pior e mais preciso do que o colesterol.
Pessoas com doenças coronárias, já confirmadas por angiografia, têm um risco, 10 a 15 vezes maior de enfarto se sua homocisteína estiver elevada!
Para finalizar, dois factos relevantes:
  • a suplementação vitamínica correctamente conduzida, provoca a total normalização dos níveis de homocisteína
  • os níveis de homocisteína no sangue podem ser medidos, sendo um exame obrigatório nos países desenvolvidos.
Lembre-se: na sua próxima consulta, peça ao seu médico para dosear os seus níveis de homocisteína, que, está provado, é muito pior que o colesterol.
 

"O seu corpo é um bem precioso. Ele é o único veículo que o leva a acordar todas as manhãs. Trate-o com cuidado."

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  • 16.06.08

    MEDICINA NEWAGE


    Dr. Luís Romariz

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    Medicina NewAge
    A expectativa de vida em Roma antiga (400 ac), girava em torno de 24 anos. Por volta da idade média (séc XV-XVI ), era de 33 anos. Na terceira década do século que ora findou, de 50 anos.

    Nem a mais fértil das imaginações, seria capaz de conceber o que acontece com os parâmetros da longevidade humana nos dias atuais. Nunca verdades científicas, dogmas e conceitos “sólidos e imutáveis”, tiveram vida tão efêmera quanto agora.

    Tomemos como referência o que acontece na nação mais rica do planeta.

    O grupo populacional que atualmente mais cresce nos Estados Unidos, é o de pessoas com mais de 85 anos, a uma velocidade quase seis vezes maior que o resto da população.

    É também, neste grupo, que se concentram os maiores problemas, uma vez que 60% daquelas pessoas necessitam de cuidados e assistência médica diários, e 52% sofrem de demência de Alzheimer.

    No ano que passou, a conta de saúde dos Estados Unidos atingiu números estratosféricos. Existem, atualmente, mais de cento e dez milhões de americanos submetendo-se a algum tipo de tratamento para as chamadas "doenças próprias e degenerativas da velhice", gerando um gasto de 780 bilhões de dólares anuais!

    Para se ter uma idéia do tamanho destes números, todo o volume de exportações do Brasil no ano de 2007, atingiu a casa dos 110 bilhões de dólares.

    Para complicar as coisas, de cada dez pessoas que nascem hoje nos países do primeiro mundo, pelo menos sete irão atingir e ultrapassar os 100 anos de idade, e, dentro de 25 anos, a proporção entre “idosos” e recém nascidos será de 15: 1, ou seja, para cada pessoa que nascer, teremos quinze pessoas com mais de 65 anos de idade.

    Os cálculos mais otimistas apontam para um completo colapso do sistema de saúde americano em duas décadas, uma vez que não é mais possível continuar aplicando o mesmo modelo obsoleto e caríssimo de medicina submetendo pessoas de idades cada vez mais avançadas a um número cada vez maior de remédios, para tratar ou aliviar as mesmas doenças.

    O nosso país também caminha a passos semelhantes, posto que perdemos o status de “país de jovens”.

    O IBGE acaba de publicar um preocupante estudo, aonde foi acompanhado o crescimento populacional brasileiro por faixa etária. Os números não deixam dúvidas: enquanto a população de jovens ( 0 a 19 anos ) cresceu 2,5%, a população de “velhos”( acima de 70 anos), cresceu 68%. Isto significa que, no Brasil, a população de “velhos” aumenta a um ritmo 26 vezes maior que a de jovens!

    Urge que as pessoas tomem conhecimento destes novos paradigmas. É necessário que acordemos todos para esta nova e preocupante realidade.

    Só existe uma maneira viável de conjugar qualidade e quantidade de vida.

    É apostar a maior parte das fichas num modelo essencialmente preventivo de pensar e fazer medicina: a medicina antienvelhecimento, que entende saúde como algo muito mais profundo do que simplesmente “não adoecer”.

    Saúde, significa que seu corpo, sua mente e sua energia estão harmonizados em seu máximo potencial, permitindo que cada segundo seja pleno e glorioso, e sua vida repleta de paixão e entusiasmo!

    É chegado o momento de deixarmo-nos “contaminar” por estes novos conceitos.

    Atingir o máximo de saúde e bem-estar está ao alcance das suas mãos.

     

    "O seu corpo é um bem precioso. Ele é o único veículo que o leva a acordar todas as manhãs. Trate-o com cuidado."

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  • 16.06.08

    VITAMINAS: VERDADES E MITOS


    Dr. Luís Romariz

    Suplementos e Vitaminas
    A alimentação natural é de fato necessária, mas não é suficiente para a manutenção do nosso corpo.
    Na vida moderna, sobra pouco tempo para cuidarmos de nós mesmos e desta máquina maravilhosa que é nosso corpo. Para que o nosso organismo funcione com equilíbrio, e para que possamos atingir o máximo de atividade metabólica, necessitamos de um grande número de substâncias que participam e controlam ativamente todas as reações químicas e são imprescindíveis para nos mantermos vivos e saudáveis. Estamos falando das vitaminas, antioxidantes, óligo-elementos, minerais e nutrientes.

     

    Até bem pouco tempo, achava-se que uma dieta bem bada, com alimentos naturais, frutas e verduras seria a garantia de reposição destes elementos. Os estudos recentes mais avançados na área da nutrição humana, mostram, porém, coisas bem diferentes do que inicialmente acreditávamos.

     

    Mesmo que tenhamos a mais "equilibrada"  das dietas, não conseguimos nutrientes e vitaminas suficientes para suprir as necessidades diárias, apenas com alimentos, mesmo os mais frescos e naturais. O esgotamento do solo, a excessiva industrialização dos alimentos que os modifica e refina, retirando a maior parte de suas propriedades e a baixa concentração de nutrientes e vitaminas nos próprios alimentos naturais, tornam virtualmente impossível o perfeito funcionamento do nosso organismo.

    Além do mais, a enorme quantidade de aditivos artificiais, pesticidas e uma infindável quantidade de substâncias tóxicas usadas e misturadas com os alimentos, agravam ainda mais os problemas.

    O número de obesos e pessoas com alergias alimentares, atinge hoje proporções de uma epidemia. Só para se ter uma idéia, cerca de 35% de toda a população americana está classificada no grupo de obesos. Para piorar tudo, os estudos atuais demonstram que nossa capacidade de absorver vitaminas e nutrientes à partir dos alimentos, diminui dramaticamente á medida em que envelhecemos. Há ainda um último agravante: todos os estudos demonstram que as doses de vitaminas, nutrientes e antioxidantes necessários para eliminar os riscos de várias doenças, são incomparavelmente maiores do que as chamadas "doses recomendadas diárias".

    Tomemos como exemplo a vitamina C. Para evitar o desenvolvimento de doenças como o escorbuto e outras mais, são necessários 60mg diários. Porém, para que esta mesma vitamina C passe a agir como um poderoso antioxidante e estimulador do sistema imunológico, é indispensável ingerir um mínimo de 1500 a 2000 mg diários, como vemos, uma diferença colossal e que exigiria a ingestão do sumo de oitenta laranjas! Mais, em fisiologia comparada, deveríamos produzir cerca de 1800 mg de vitamina C.

    Não é difícil concluir, que se torna virtualmente impossível obter doses protetoras e terapêuticas de todos os nutrientes, vitaminas, minerais, enzimas e outros componentes, apenas através da alimentação.

    Moral da história: não é mais possível aceitar a idéia ultrapassada de que suplementar vitaminas é um luxo desnecessário e que se você tem uma alimentação natural estará repondo "tudo o que precisa" para manter-se saudável. Suplementos são, na verdade, um serviço diário de entregas, que fornece a totalidade de nutrientes que você necessita para atingir seu estado ótimo de saúde.

     

    Converse com seu nutricionista, converse com o seu médico, passe adiante estes novos conceitos para os seus amigos e familiares, e, esteja certo, atingir o seu máximo potencial, passa, obrigatoriamente, pela correta suplementação nutricional.

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    16.06.08

    CUIDADO COM A SOJA


    Dr. Luís Romariz

    Tradução e adaptação de entrevista com o Dr. David Zava,

    renomado pesquisador do câncer da mama e dos hormônios femininos,

    concedida ao Informativo Médico do Dr. John Lee (IMJL):

    www.johnleemd.net/articles/soy-01.html

     

     

     

    IMJL - Por que o Sr. está alertando as mulheres para que evitem muito consumo de soja, quando tudo o que se lê e ouve atualmente é no sentido de estimular o máximo possível o consumo dessa planta e seus produtos [inclusive isoflavonas], para os sintomas da menopausa e para evitar o câncer da mama? 

    Dr. Zava - Não tenho nada contra o consumo esporádico de produtos da soja. O que me preocupa é a maneira alucinada com com que algumas pessoas estão passando a consumir esses alimentos e/ou medicamentos feitos a partir da soja. Nas minhas pesquisas, descobri um grande número de toxinas (antinutrientes) na soja. O que eu quero dizer é que existem substâncias químicas produzidas naturalmente na soja que, se não forem removidas (deixar a soja de molho antes de cozinhar, fazer um cozimento lento e permitir fermentação), podem causar sérios problemas de saúde, se ingeridos em demasia. 
    IMJL - E sobre alimentos à base de soja para tratar sintomas da menopausa? 
    Dr. Zava - Alimentos à base de soja podem ser importantes como parte de uma nutrição equilibrada e estilo de vida adequado para os sintomas da menopausa, porém eles não representam uma solução por si mesmos. Mesmo o consumo em altas doses de derivados de soja repletos de isoflavonas pode suprimir apenas minimamente os sintomas da menopausa, para a maioria das mulheres. 
    O recente estudo da Bowman-Gray School of Medicine examinou o poder da proteína de derivados de soja em aliviar os sintomas da menopausa. O lado positivo do estudo foi que a intensidade das ondas de calor foi reduzida. Porém, não houve diferença estatística quanto ao número de ondas de calor que essas mulheres apresentavam. 
    Com terapia de reposição de progesterona e/ou estrogênio, a mulher muitas vezes obtém um alívio completo dos sintomas da menopausa. Como os hormônios naturais são seguros e eficazes, quando usados de forma adequada, eu acho que forçar o uso da soja é uma abordagem equivocada, além de comprometer seriamente a saúde e a qualidade de vida de milhões de mulheres. 
    IMJL - Que efeitos os antinutrientes da soja têm sobre o organismo? 
    Dr. Zava - Existem uns 5 tipos de substâncias na soja que podem ser tóxicas para os humanos, caso não sejam removidas através de processamento especial. Os asiáticos, após milhares de anos, aprenderam a remover as toxinas e a tirar proveito dos ricos nutrientes da soja. As principais toxinas da soja são alergênicos, fitatos, inibidores de protease, genisteína, e groitogênicos (causadores do bócio, ou papo). 
    Os alergênicos podem causar reações alérgicas muito pronunciadas em algumas pessoas, que provavelmente inclui de 10 a 20 por cento da população do mundo ocidental. 
    Já os fitatos podem ser um problema por se ligarem muito fortemente a minerais essenciais, especialmente o zinco, impedindo que esses minerais sejam absorvidos no organismo. Alguns estudos têm indicado que um consumo excessivo de fitatos em crianças pode causar raquitismo, devido à sua ação zinco-depletiva. Os fitatos deixam de ser um problema se proteína animal for incluída na dieta. O zinco é necessário para mais de 50 reações enzimáticas no organismo, inclusive muitas daquelas necessárias para as funções cerebrais. 
    O terceiro antinutriente da soja é um fitoquímico que inibe as enzimas que digerem as proteínas e as transformam em aminoácidos. São os inibidores Bowman-Birk, ou inibidores de protease. 
    IMJL - Inibidores de protease não é o que os pacientes com AIDS atualmente usam? 

     

    Dr. Zava - Sim. E aprendemos com eles, a duras penas, que os inibidores de protease também inibem enzimas pancreáticas. A última coisa no mundo que alguém precisa quando é portador de uma doença debilitante é algo que não lhe deixe digerir os alimentos. Mesmo uma pessoa saudável não iria querer que a sua digestão fosse comprometida. 


    IMJL - E se tiver predominância estrogênica, ou estiver tomando anticoncepcionais, você já tem um problema com os altos níveis de cobre e os baixos níveis de zinco, e isso só vai piorar a situação. A Dra. Ellen Grant, pesquisadora hormonal da Inglaterra, acredita que é esse desequilíbrio que causa mudanças de humor e irritação na TPM, bem como em mulheres na menopausa. 

    Dr. Zava - Exatamente. Mas, como já disse, se você ingerir proteína animal com legumes, os fitatos deixam de ser um problema. A genisteína [das isoflavonas] é a próxima na lista dos antinutrientes. A sua estrutura é similar à do estradiol, e ela se encaixa muito bem nos receptores de estrogênio das células, acionando esses receptores da mesma forma que o estradiol. Porém, a genisteína desempenha muitas outras atividades no corpo humano. Ela inibe um grande número de diferentes enzimas, algumas das quais responsáveis pela síntese do estrogênio, incluindo as que convertem androgênios em estrona (aromatase) e estrona em estradiol (17-HSD). A genisteína é também uma potente inibidora da tirosina cinase - enzima que transporta moléculas de fosfato de alta energia para o interior das células, com o objetivo de acionar processos celulares como a proliferação de células. As células cancerosas tendem a ativar a tirosina cinase, portanto a genisteína tem demonstrado ser bastante útil no bloqueio da proliferação de células. No entanto, isso pode ser uma faca de dois gumes, pois as células normais também necessitam de um pouco de atividade das tirosinas cinases. Isso inclui folículos capilares, neurônios da memória no cérebro, etc. 

    Outra coisa que um alto nível de genisteína faz é bloquear o transporte de glicose para as células, ao inibir a enzima chamada GLUT-1. Ela é um dos principais transportadores de glicose que ficam no lado de fora das células cerebrais, glóbulos vermelhos do sangue, e em muitos outros locais, e que levam glicose para as células. Como o cérebro é muito dependente da glicose como fonte de energia, preocupa-me que muita genisteína por um período prolongado de tempo possa ser tóxica para o cérebro. 

    Eu não acho que a soja, na forma em que tem sido consumida pelos asiáticos por milhares de anos, possa representar algum problema em relação às funções cerebrais. Na verdade, ela pode até ser benéfica. O que me preocupa, porém, é que nós não possuímos qualquer informação sobre que tipo de impacto de longo prazo quantidades excessivas de genisteína (em produtos processados de soja, em pó, ou na forma de pílulas) terão sobre as funções cerebrais, pois um nível muito elevado de genisteína inibe pelo menos três das vias metabólicas necessárias para manter normais as funções cerebrais. 

    O quinto antinutriente da soja é um goitrogênico. É uma substância que se "gruda" ao iodo, evitando a sua absorção pelo organismo a partir do trato gastrointestinal. O iodo é necessário para a produção do hormônio da tireóide. 

    IMJL - Como devemos considerar os efeitos protetores da genisteína [isoflavonas] contra o câncer da mama, conforme lemos e ouvimos tanto na mídia popular? 

    Dr. Zava - Surpreendentemente, na verdade existe muito pouca evidência na literatura, tanto em estudos epidemiológicos quanto em estudos experimentais com animais, comprovando que a soja proteja contra o câncer da mama. Isso não quer dizer que a soja não tenha outras propriedades protetoras, como no caso do coração, mas apenas que ela não parece proteger o seio contra o câncer. Muitos supõem que a genisteína, que está presente em níveis muito elevados na soja, age da mesma forma que o tamoxifen e protege contra o câncer da mama. O que eu descobri nas minhas pesquisas é que a genisteína funciona como um pró-estrógeno e não como um antiestrógeno, como o tamoxifen. A sugestão da imprensa popular de que a genisteína, em concentrações encontradas nos alimentos, inibe o desenvolvimento do câncer da mama está simplesmente errada e não tem base em fato científico. Diversos resumos de estudos apresentados na Segunda Conferência Sobre Soja, ocorrida em Bruxelas - Bélgica, relataram que proteínas de derivados de soja aumentaram a proliferação de células normais dos seios de humanos saudáveis. Isso é inteiramente coerente com o que eu descobri trabalhando com células cancerosas de seios humanos em tubos de ensaio, usando níveis de genisteína normalmente encontrados no sangue de indivíduos que consumiam muitos alimentos de soja. Outros pesquisadores também encontraram resultados semelhantes, ou seja, de que a genisteína é um pró-estrógeno em células cancerosas do seio humano. Portanto, pela falta de provas de que alimentos de soja protegem contra o câncer da mama, me surpreende que haja tanta ênfase nesse sentido. 

    IMJL -Portanto, trata-se de um alimento que é remédio, se usado com moderação, sendo um veneno em potencial se usado em excesso. Que recomendações o senhor daria, tanto para mulheres quanto para homens, sobre o consumo de soja? 

    Dr. Zava - Se você não for alérgico a alimentos de soja, consuma de preferência os produtos fermentados, como missô ou tempê, pois muitos dos antinutrientes já foram reduzidos nessa forma. Caso você coma soja na forma de tofu, leite de soja ou em pó, por exemplo, coma-os em conjunto com plantas marinhas ricas em minerais, como kombu e nori, além de proteína animal, de preferência peixe, para contrabalançar os conteúdos mais elevados de antinutrientes, tais como fitatos e inibidores de enzimas digestivas. 

    IMJL - Agradecemos pelas importantes informações. O senhor teria lago mais a acrescentar aos nosso leitores? 

    Dr. Zava - Sim. Como parte da minha pesquisa, estou à procura de mulheres que tenham sido diagnosticadas com câncer de mama enquanto usavam progesterona. Peço que essas mulheres, se houver, entrem em contato comigo por carta, aos cuidados da John Lee Medical Letter - P. O. Box 3527, Santa Barbara - California 93130-3527, USA, ou via e-mail para <info@salivatest.com>. 

     

    16.06.08

    THS


    Dr. Luís Romariz

    O Erro Previsível

    Aos poucos vão surgindo notícias e mais notícias sobre os problemas de uma estratégia terapêutica, eufemisticamente chamada de terapia de reposição hormonal. Agora surge a triste perspectiva de haver um incrível incremento de transtornos circulatórios cerebrais (triplica o risco de derrame, entre outros problemas). Já há estudos suficientes que demonstram o aumento no risco de cancro de mama, e uma série de outras enfermidades.
    Bem, cabe no mínimo perguntar, o que deu errado? Talvez seria melhor perguntar, porque deu errado. Ou quem sabe, poderia dar certo? Quando falamos de reposição hormonal, estamos falando de um procedimento médico criado, ou pelo menos difundido por um médico nova-iorquino chamado Robert Wilson. Ele entendia que a mulher perderia seus principais atributos de feminilidade com a perda da menstruação.Mas isto não seria o fim. As mulheres não perderiam os seus atractivos para os homens. Já havia pelo menos um remédio para isto. O laboratório Wyeth já havia lançado o Premarin, que rapidamente se transformou num dos medicamentos mais vendidos nos EUA e no mundo. Seu rótulo é atraente: estrogénios conjugados naturais.
    Nestes quase 40 anos ocorreu algo muito interessante. Faltou curiosidade. Faltou fazer algumas perguntas tão óbvias, que talvez por isso nem foram feitas.

    O
    Dr. Wilson afirmou que a menopausa é um problema, e é um problema causado pela baixa de estrogénios na mulher - ponto! "Feminine forever" (1966) foi um livro de incrível sucesso e prometia a juventude eterna para o público feminino, garantindo assim a atractividade para os homens. Nada mais machista.

    No início reposição hormonal era apenas a reposição de estrogénios. Mas um significativo aumento no cancro do útero quase levou a primeira fase desta terapia a um fracasso mórbido. Isso foi contornado com o uso de progestinas (substâncias artificiais que imitam as funções da progesterona), e que têm como ícone a medroxiprogesterona (Proveral) o que levou tal tratamento ao ápice nos anos 90, quando até o coração poderia ser protegido.

    O
    Dr. John Lee, mais curioso que os seus colegas, lembrou-se de fazer perguntas e obteve as respostas. Em primeiro lugar, a menopausa em si não é um problema médico a ser tratado. Em segundo lugar, a menopausa sintomática não é devida só à baixa hormonal. É devido a uma baixa desequilibrada de taxas hormonais, uma vez que a progesterona baixa em demasia (quase a zero), fazendo que o estrogénio, mesmo baixando, fique sempre activo (predominância estrogénica). Em terceiro lugar, devido à precisão nos receptores hormonais, é imperativo que se use hormonas bio-idênticas, o que não ocorre com as progestinas sintéticas, nem mesmo com os estrogênios conjugados (são naturais e idênticos para os equinos, não para o ser humano).
    Logo, a terapêutica de reposição hormonal (com hormonas não naturais) nunca passou de um título atractivo, mas grosseiramente equivocado: o que mais falta, é a progesterona (o protocolo previa o uso de estrogénios e progesterona como coadjuvante), e o que se adiciona são substâncias distintas das necessários (falta bio-identidade), além de usarem como via de administração a via oral, o que provoca uma fractura metabólica, pela primeira passagem no fígado. Além do mais, reduziu esta questão ao aspecto biológico, esquecendo de integrar aos transtornos da menopausa as questões psicológicas, alimentares, sócio-culturais, entre outras, dentro do universo de contextos que o drama da mulher pode estar inserido.

    Com tantos vícios de origem, e um grande desrespeito com a ecologia feminina, o inusitado é a surpresa que a opinião pública demonstra com a divulgação de tantos estudos que incriminam este tipo de tratamento.

    Quando o ser humano foge demais da natureza, o preço a ser pago costuma ser muito alto. Talvez mais alto em sofrimento do que os bilhões de dólares que a venda destes medicamentos já gerou nestas últimas décadas.

    (Premarin (PREgnant MARes' urINe) é um composto de estrogênios extraídos da urina da égua prenha, que tem elementos diversos daqueles encontrados no ser humano, e em proporções bem distintas. Sobre isto ver o site:
    http://www.npr.org/news/specials/hrt, em 2002 era o quarto medicamento mais prescrito nos EUA.
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  • 15.06.08

    VITAMINA D


    Dr. Luís Romariz

     

    Vitamina D
    Níveis elevados de vitamina D podem abrandar o envelhecimento e aumentar a longevidade, ao prevenir o declínio no comprimento dos telomeros (sequências repetitivas do ADN que limitam a renovação celular). 
    Continua a aumentar a enorme evidência científica que suporta a utilização de vitamina D, nomeadamente um estudo recente que demonstra que a suplementação com vitamina D baixa o risco de morte independentemente da sua causa, durante um período de seis anos.
    Nesta meta-análise, os cientistas examinaram 18 estudos de suplementação com vitamina D, envolvendo 57.311 pessoas, que receberam 300 a 2.000 UI de vitamina D.
    O estudo revelou que os que receberam a vitamina D tinham um risco de morte 7% menor quando comparados com os que não a tinham tomado. A capacidade da vitamina D prevenir a morte prematura pode advir da sua capacidade de inibir a proliferação cancerosa, melhorar a função endotelial, e aumentar a imunidade.
    Cedric F. Garland e colegas concluiram: “A evidência dos dados revela que uma ingestão diária de 1.000 UI de vitamina D3 pode reduzir a incidência de cancro colorectal, sem riscos.” Achados semelhantes foram encontrados em relação ao cancro do ovário e da mama.
    A exposição solar de cerca de 15 minutos, três vezes por semana, pode cobrir estas deficiências. Doses de 10.000 UI de vitamina D3 por dia e durante 5 meses, não causam toxicidade.

     

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